O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, revelou planos ambiciosos para a empresa em 2024, enfocando a transição energética e a produção de diesel sustentável.
Prates compartilhou com a Reuters que a Petrobras planeja adquirir participações em ativos de energia renovável neste ano, com o objetivo de formar um portfólio inicial de aproximadamente 2 gigawatts de ativos de geração eólica e solar em terra no Brasil.
Segundo Prates, a estratégia da Petrobras envolverá parcerias com outras empresas em projetos já estabelecidos e bem-sucedidos.
“Há muitos projetos excelentes de portugueses, espanhóis, franceses e brasileiros, todos em terra e operacionais. Esses 2 gigawatts serão provenientes de energia solar e eólica em terra”, afirmou o executivo.
A decisão de focar em projetos de energia renovável no Brasil está alinhada com as metas do governo federal, que busca gerar empregos locais e liderar a transição energética do país.
Prates acredita que essa mudança estratégica será reconhecida pelos mercados e que os papéis da Petrobras se valorizarão como resultado.
Além disso, a empresa está aguardando a aprovação de um marco regulatório para a indústria eólica offshore no Brasil, que pode abrir novas oportunidades.
Em relação à produção de diesel sustentável, a Petrobras pretende ampliar sua produção de diesel coprocessado com óleos vegetais.
Prates defende a inclusão do diesel R, com teor renovável, no mandato de biocombustíveis do Brasil, em complemento ao biodiesel.
Ele enfatizou a qualidade superior do diesel R em comparação ao biodiesel, destacando sua estabilidade e falta de problemas de armazenamento.
Prates também abordou a estabilidade dos preços dos combustíveis no Brasil, destacando que a nova estratégia comercial da Petrobras, implementada em maio de 2023, tem contribuído para reduzir a frequência de reajustes e evitar volatilidades externas.
Ele assegurou que a empresa não subsidiará combustíveis e continuará acompanhando os preços internacionais.
Além disso, Prates expressou preocupação com a tensão no Mar Vermelho e seus impactos potenciais nos preços do petróleo, observando que é necessária uma solução de longo prazo para a situação na região.
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