O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, gerou controvérsia durante negociações com colegas europeus em Bruxelas ao defender a limpeza étnica do povo palestino, sugerindo que eles deveriam ser acomodados em uma ilha artificial no Mar Mediterrâneo, em resposta aos apelos pela criação de um Estado palestino.
Durante conversas separadas com ministros das Relações Exteriores da União Europeia no Conselho de Assuntos Exteriores, Katz expressou essa proposta.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina, Riyad al-Maliki, que também estava presente em Bruxelas, rejeitou categoricamente essa ideia.
Al-Maliki afirmou a repórteres que Israel já havia proposto anteriormente o assentamento de palestinos em uma ilha grega, mas destacou que os palestinos têm o direito de viver em sua própria terra.
Mais cedo no mesmo dia, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, reiterou o apoio da União Europeia à solução de dois Estados como o único plano de paz viável para a Faixa de Gaza que merece ser discutido.
Vale ressaltar que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já se manifestou contrário à solução de dois Estados em diversas ocasiões, afirmando que isso comprometeria o controle total de segurança sobre todo o território a oeste do rio Jordão, o que ele considera contraproducente para um Estado palestino independente.
O contexto envolve o conflito contínuo na região, incluindo o ataque lançado pelo movimento palestino Hamas em outubro de 2023, seguido por ataques israelenses, resultando em vítimas em ambos os lados.
Em novembro do mesmo ano, o Catar mediou um acordo temporário de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que posteriormente expirou em dezembro.
Este debate sobre a realocação dos palestinos e a solução para o conflito na Faixa de Gaza continua a ser um tema de grande relevância e debate internacional.
Com informações da Sputnik
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