Segundo parlamentares do Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), teria, mais uma vez, sido avisado apenas pelos agentes da Polícia Legislativa sobre a presença dos agentes da Polícia Federal nas dependências da Câmara.
Ainda segundo uma apuração do jornalista Igor Gadelha, Lira já havia ficado incomodado no início desta semana com uma situação semelhante, quando também não recebeu qualquer ligação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre a operação envolvendo o deputado Carlos Jordy (PL).
É usual que integrantes do Poder Judiciário notifiquem os presidentes das Casas legislativas sobre operações que serão realizadas no Parlamento, com pouco tempo de aviso.
A operação de hoje que possuí como um dos alvos o deputado Alexandre Ramagem (PL), foi chamada de “Vigilância Aproximada” e é um desdobramento da operação “Primeira Milha”, iniciada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta “FirstMile”.
Segundo membros da oposição ouvidos pela coluna, a falta de aviso ao presidente da casa seria um claro sinal de perseguição política aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que é uma ironia, já que a operação de hoje visa investigar e apurar um suposto esquema de monitoramento e perseguição aos opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro quando este ainda era o chefe do executivo brasileiro.
A coluna procurou o deputado Arthur Lira que até o momento não retornou os contatos. O espaço segue aberto e o texto será atualizado caso o parlamentar se posicione.