Guerra dos chips: Embaixador garante que China vai retaliar hegemonia dos EUA

A China está se posicionando para combater a influência dos Estados Unidos no mercado de semicondutores.

O embaixador Tan Jian revelou que as empresas chinesas estão se preparando para enfrentar as medidas adotadas pelos EUA, consideradas por ele como “agressões”.

Tan Jian acusa Washington de abusar do conceito de “segurança nacional” para impor restrições exageradas, muitas das quais, segundo ele, não estão relacionadas a ameaças reais.

O embaixador mencionou que essa abordagem não se limita à China, citando a Rússia como outro exemplo de país afetado por ações similares dos EUA.

Durante uma entrevista ao portal NRC da Holanda, Tan Jian enfatizou que, apesar das tentativas dos EUA de “cortar os laços”, a Europa continuará sendo uma parceira chave para a China.

Ele se refere especificamente à ASML, importante fornecedora holandesa de equipamentos avançados.

“Se os americanos nos tratarem de forma hegemónica, é claro que responderemos. Mas a nossa relação com a União Europeia não deve ser afetada”, declarou.

“Os EUA ampliaram a sua ideia de segurança muito, demasiado, até mesmo para questões que não têm nada a ver com riscos militares. E eles estão pressionando seus aliados para que façam o mesmo”, emendou.

O embaixador chinês também expressou preocupações sobre a necessidade de um diálogo melhorado com o governo holandês para prevenir uma escalada na situação.

Ele comentou sobre a política europeia em relação à China, destacando a variedade de perspectivas que a veem como um parceiro de cooperação, um concorrente econômico e um rival sistêmico.

Respondendo à entrevista, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, declarou que os EUA não têm a intenção de isolar a China do mercado global, mas sim de “reduzir riscos”.

Kirby assegurou que as decisões americanas sobre licenças de exportação visam proteger a segurança nacional dos EUA.

“As nossas decisões sobre essas licenças de exportação são realmente concebidas, especificamente, para garantir que possamos continuar a proteger a segurança nacional dos EUA”, explicou.

Redação:
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