A Polícia Federal está investigando se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a direção de Alexandre Ramagem durante o governo de Jair Bolsonaro, espionou ilegalmente figuras como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Rodrigo Maia e governadores. A operação “Vigilância Aproximada”, um desdobramento da operação “Primeira Milha” iniciada em outubro de 2023, busca evidências de monitoramento ilegal usando ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis sem autorização judicial.
Entre os alvos monitorados estariam os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, atual ministro da Educação de Lula. Alexandre Ramagem, agora deputado federal pelo PL do Rio, é um dos principais alvos da investigação, com buscas realizadas em seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional que ocupa.
Rodrigo Maia, em entrevista à Conexão Globonews, expressou indignação com as ações, enfatizando a violação da Constituição e das leis brasileiras. Maia não descarta a possibilidade de abrir um processo contra Ramagem. Ele também relatou um incidente em que conversas privadas com o ministro Luís Roberto Barroso foram vazadas por bolsonaristas durante um jantar com Gilmar Mendes, sugerindo uma trama contra o governo Bolsonaro.
Alguns dos possíveis espionados apelidaram a gestão anterior da Abin de “Gestapo” de Bolsonaro, referindo-se ao serviço secreto nazista da Alemanha de Hitler.