A milícia Houthi tem direcionado ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho, focando em embarcações aliadas dos Estados Unidos e Israel.
Conforme relata o Financial Times, esses ataques estão redefinindo as rotas comerciais marítimas, com impactos significativos na logística e no custo dos seguros.
O jornal destaca que empresas marítimas chinesas, como a Transfar Shipping, estão redirecionando suas rotas para aproveitar a ausência das grandes transportadoras internacionais.
Estas empresas chinesas agora atendem portos como Doraleh, no Djibouti, Hodeidah, no Iêmen, e Jeddah, na Arábia Saudita.
Para prevenir ataques, os navios chineses exibem a bandeira do país de forma proeminente e são escoltados pela marinha chinesa.
Em contrapartida, os fluxos de petróleo pelo Mar Vermelho são menos afetados, devido à maior parte dos petroleiros serem provenientes da Rússia e do Oriente Médio.
O jornal israelense Globes reporta que as companhias de seguro suspenderam serviços para navios israelenses e americanos na região, forçando-os a rotas alternativas, como contornar a África pelo Cabo da Boa Esperança.
O custo do seguro para atravessar o Mar Vermelho subiu de 0,01% para 1% do valor das mercadorias, representando um acréscimo significativo nas despesas operacionais das embarcações afetadas.