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Domingos Brazão insinua que Ronnie Lessa está protegendo ‘alguém’

Em uma entrevista concedida no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, ex-deputado, refutou as alegações de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Brazão especulou que Ronnie Lessa, acusado de executar o crime, pode estar tentando proteger outra pessoa com sua delação à Polícia Federal. “A […]

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Em uma entrevista concedida no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, ex-deputado, refutou as alegações de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Brazão especulou que Ronnie Lessa, acusado de executar o crime, pode estar tentando proteger outra pessoa com sua delação à Polícia Federal.

“A polícia tem que descobrir quem. Nunca fui apresentado à Marielle, Anderson, Lessa e ao Élcio de Queiroz. Não tenho meu nome envolvido com milicianos. A PF não participará de uma armação, pois as afirmações em uma delação devem ser confirmadas”, declarou Brazão.

As informações reveladas nesta terça-feira, 23, indicam que Lessa confirmou em sua delação premiada – ainda pendente de homologação judicial – as alegações anteriormente feitas pelo ex-PM Elcio Queiroz.

Lessa, que está preso desde março de 2019, acusado de ser o atirador no caso, alegou que Brazão foi um dos mandantes do atentado que vitimou a vereadora e seu motorista.

O acordo de delação de Lessa com a Polícia Federal ainda aguarda homologação pelo Superior Tribunal de Justiça, devido ao foro privilegiado de Brazão como conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Na entrevista ao jornal O Globo, Brazão classificou a suposta delação de Lessa como um “golpe baixo” e desafiou a PF a encontrar evidências contra ele.

“Fui investigado por diversas autoridades e nada foi encontrado. Não há motivo para proteger Domingos Brazão. Desafio a encontrarem algo contra mim”, afirmou.

Ele expressou satisfação ao saber da delação de Lessa, mas enfatizou a necessidade de veracidade nas declarações.

Brazão destacou que a morte de Marielle trouxe à tona muitas questões ocultas e negou qualquer envolvimento no caso, apesar de reconhecer o desgaste que as acusações lhe causaram.

“Estou sangrando, mas não temo investigações”, disse.

Brazão concluiu afirmando que acredita na rejeição da delação de Lessa caso contenha falhas, confiando no rigor do STJ. “Meu sono é tranquilo. Não sou santo, mas nunca agi fora da lei”, concluiu.

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