O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emerge como candidato forte no cenário político dos EUA, com o governador da Flórida, Ron DeSantis, retirando sua candidatura nas prévias republicanas após resultados aquém do esperado em Iowa.
DeSantis, um dos principais oponentes de Trump, anunciou seu apoio ao ex-presidente. A ascensão contínua de Trump está gerando discussões no Brasil sobre o impacto de um possível segundo mandato do ex-presidente na maior potência das Américas, de acordo com informações de Daniela Lima, do g1.
A equipe de política externa do presidente brasileiro, Lula (PT), está analisando os cenários potenciais com o retorno de Trump ao poder, mas não arrisca prever se Trump ou o atual presidente, Joe Biden, favorável à reeleição pelo partido Democrata, são os favoritos. A expectativa é de uma eleição acirrada, semelhante à de 2020.
A diplomacia brasileira está ponderando as implicações para o Brasil, a América Latina e o mundo com a possível volta de Trump.
Há a percepção de que, sob a liderança de Trump, os Estados Unidos adotariam uma postura menos intervencionista em outros países.
No entanto, isso também representa riscos para a democracia dos EUA e de outras nações. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, “por incrível que pareça, Trump é menos imperialista” e, se ele ganhar, poderá se tornar um novo polo de referência para a extrema direita, que atualmente carece de líderes sólidos, com nomes como Javier Milei da Argentina emergindo como protagonistas.
A fonte acrescenta que, do ponto de vista geopolítico, Trump poderia adotar uma abordagem menos confrontadora em relação à China e estar menos envolvido nos conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia em comparação com os democratas.
No entanto, além das preocupações com a democracia, Trump também poderia prejudicar os esforços para abordar questões críticas, como mudanças climáticas e preservação ambiental, nas discussões globais, áreas em que Biden demonstra maior alinhamento com a agenda contemporânea.