Em 2023, a balança comercial de petróleo e derivados do Brasil alcançou um superávit recorde de US$ 25 bilhões, superando em 20% o saldo do ano anterior. Este valor corresponde a um quarto do saldo total da balança comercial brasileira, que atingiu US$ 99 bilhões no último ano.
Os campos do pré-sal têm sido fundamentais para o aumento da produção de petróleo, contribuindo significativamente para as exportações brasileiras.
Previsões indicam que essa tendência deve se manter até o final da década, mesmo considerando projeções mais conservadoras que as de órgãos oficiais. Economistas preveem que o superávit em petróleo e derivados pode chegar a US$ 31 bilhões em 2024, e alcançar US$ 50 bilhões em 2029.
De acordo com análises do BTG Pactual, espera-se que a produção de petróleo atinja uma média de 3,75 milhões de barris por dia em 2024, com um aumento gradual para 4,54 milhões de barris diários em cinco anos.
Estas projeções consideram um preço médio do petróleo de US$ 80 o barril em 2024, diminuindo para US$ 75 em 2025 e estabilizando em US$ 70 a partir de 2026.
A expectativa é que o crescimento do superávit seja impulsionado mais pelas exportações do que pelo nível de importações.
Estima-se que as exportações, que foram de US$ 54 bilhões em 2023, possam atingir US$ 61 bilhões neste ano, chegando a US$ 84 bilhões em 2029. Por outro lado, prevê-se que as importações aumentem de US$ 29 bilhões em 2023 para US$ 30 bilhões este ano, alcançando US$ 34 bilhões em cinco anos.
O Brasil tem ganhado destaque na produção global de petróleo, com expectativas ainda mais otimistas para o futuro.
A produção de petróleo no país cresceu 20% entre 2016 e 2022, com um aumento estimado de cerca de 13% no último ano. Para 2024, projeta-se um crescimento de 10% na produção. Em novembro, a produção brasileira de petróleo foi de 3,7 milhões de barris por dia, indicando um crescimento sustentado.
Com informações do Valor