O vereador Carlos Bolsonaro tem usado as redes sociais para provocar Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, e Monica Benício, vereadora do PSOL do Rio, sobre a recente delação fechada pela PF no caso Marielle Franco. O filho de Jair Bolsonaro critica a ausência de declarações “em tom raivoso e metódico” da irmã e da viúva de Marielle Franco, apesar de ambas já terem se manifestado publicamente.
Diversos órgãos de imprensa informaram que, de acordo com Ronnie Lessa, executor de Marielle e do motorista Anderson Gomes, o mandante do crime seria uma pessoa com foro privilegiado no STJ. Foi revelado hoje pela manhã que o delatado por Lessa é o ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro e ex-deputado estadual Domingos Brazão, que já havia sido mencionado anteriormente pelo outro cúmplice no assassinato, Elcio Queiroz.
A associação da família Bolsonaro ao caso, feita por analistas independentes, se baseia na relação próxima de Bolsonaro com a milícia e pessoas ligadas a ela, na suspeita de que Brazão também tenha ligações com a milícia, e nas conexões conhecidas dos assassinos com a milícia. Além disso, o modus operandi da execução foi típico da milícia.
Atualmente, o ex-presidente Bolsonaro, sem foro especial, é julgado em primeira instância, com exceções. Seus filhos Flávio e Eduardo, por estarem no Congresso, respondem ao STF (e não ao STJ, onde está o caso Marielle). Carlos Bolsonaro, se processado, seria julgado pelo TJ do Rio.
Carlos Bolsonaro questionou em suas redes sociais:
“A ministra do Lula, irmã de Marielle, e nem sua companheira na época irão se pronunciar com aquele tom raivoso e metódico conhecido por todos diante da delação do tal de Lessa? E o ministro dos direitos humanos do chefe da facção? Nada?”, estendendo a crítica a Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e colega de Anielle.
Contrariando as insinuações de Carlos, Anielle afirmou que a família “aguarda os comunicados e resultados oficiais das investigações”. Monica Benício expressou que recebe a delação de Lessa “com esperança, mas sem otimismo exacerbado”, aguardando provas concretas.
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