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EUA querem ampliar sanções tecnológicas contra China

Analistas revelaram a CNBC que a China pode enfrentar um incremento nas restrições a exportação de semicondutores, impostas por países como Estados Unidos e Holanda. Esta medida tem como objetivo limitar o avanço tecnológico chinês no setor de chips. A Holanda já bloqueou a ASML, uma empresa holandesa fabricante de equipamentos de semicondutores, de exportar […]

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Getty Images

Analistas revelaram a CNBC que a China pode enfrentar um incremento nas restrições a exportação de semicondutores, impostas por países como Estados Unidos e Holanda. Esta medida tem como objetivo limitar o avanço tecnológico chinês no setor de chips.

A Holanda já bloqueou a ASML, uma empresa holandesa fabricante de equipamentos de semicondutores, de exportar alguns de seus sistemas de litografia ultravioleta profunda para a China. Estes sistemas são vitais para a produção de chips avançados.

Este movimento segue ações semelhantes dos Estados Unidos, que intensificaram os controles sobre a exportação de semicondutores avançados e ferramentas de fabricação de chips para a China em outubro do ano passado, alegando preocupações de uso desses chips em aplicações de inteligência artificial e militares.

Dan Hutcheson, vice-presidente e pesquisador sênior da TechInsights, comentou no programa “Squawk Box Asia” da CNBC que não se surpreenderia com a imposição de mais restrições pelos EUA, dada a contínua disputa e preocupações com o crescimento militar da China.

Por sua vez, Pequim criticou a medida do governo holandês, defendendo uma postura mais objetiva e justa baseada em princípios de mercado.

O Ministério do Comércio da China expressou preocupações com a intervenção dos EUA na exportação de alta tecnologia de empresas holandesas para a China. Chris Miller, autor de “Chip War”, também comentou sobre a tendência de aumento nas restrições.

Em outubro, os EUA proibiram a venda dos chips A800 e H800 da Nvidia, especificamente fabricados para o mercado chinês. Isso se seguiu à proibição anterior de remessas dos chips A100 e H100 para a China, levando a Nvidia a desenvolver chips menos potentes para cumprir as restrições de exportação dos EUA.

As importações chinesas de circuitos integrados em 2023 caíram 15,4% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 349,4 bilhões, segundo dados alfandegários.

Daniel Newman, analista principal da Futurum Research, prevê um aperto ainda maior nas restrições, especialmente considerando as iminentes eleições nos EUA e as tensões no Estreito de Taiwan.

Em resposta às crescentes restrições, a China tem buscado a autossuficiência tecnológica, impulsionando sua indústria nacional de chips.

Desde 2019, os EUA impuseram sanções a empresas de tecnologia chinesas como a Huawei e a SMIC, estimulando o crescimento interno no setor.

A receita dos 10 maiores fabricantes de equipamentos de chips da China cresceu 39% no primeiro semestre de 2023, conforme dados da CINNO Research.

Newman acredita que, apesar de o Ocidente ter vantagem a curto prazo, a China fará esforços significativos para não ficar para trás na corrida dos chips.

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