O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou um índice de 0,42% em janeiro, marcando o início do ano com uma desaceleração em relação ao aumento de 0,62% do mês anterior, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) em comunicado nesta quarta-feira.
O resultado de janeiro ficou ligeiramente abaixo das expectativas da pesquisa Reuters, que previa um aumento de 0,43%, e levou o índice a acumular uma queda de 3,20% em um período de 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do índice geral, avançou 0,42% em janeiro, em comparação com o aumento de 0,81% em dezembro.
André Braz, coordenador dos índices de preços, explicou que “combustíveis, açúcar e soja explicam a desaceleração do índice ao produtor”, mas alertou que o óleo diesel já atingiu o ápice do último reajuste autorizado pela Petrobras, o que pode ter um impacto menor nas próximas apurações do IPA.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que representa 30% do indicador geral, acelerou sua alta para 0,46% neste mês, em comparação com 0,22% em dezembro.
Braz destacou o reajuste das mensalidades escolares como um fator que pode impulsionar ainda mais a taxa do IPC ao longo de janeiro.
Entre os grupos que mais impactaram o IPC no mês, o preço dos alimentos subiu de 0,40% para 1,41%, enquanto Educação, Leitura e Recreação passou de um ganho de 0,97% para 1,37%.
Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou um aumento de 0,39% em janeiro, após uma variação positiva de 0,01% no mês anterior.
O IGP-10 calcula os preços nos setores de produção, consumo e construção civil no período entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Dados recentes do IBGE indicaram que a inflação ao consumidor brasileiro, medida pelo IPCA, encerrou 2023 com um aumento acumulado de 4,62%, retornando ao objetivo definido pelo Banco Central após dois anos de excedentes.
Com informações da Reuters
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