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Governo belga critica vassalagem da Alemanha a Israel

Um ministro sênior do governo belga expressou críticas a solidariedade exagerada da Alemanha com Israel no atual conflito com o Hamas, em meio ao crescente número de vítimas em Gaza. A Bélgica tem liderado esforços para buscar soluções pacíficas, destacando seu apoio a um Estado Palestiniano reconhecido, conforme o acordo do governo Vivaldi. Caroline Gennez, […]

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Um ministro sênior do governo belga expressou críticas a solidariedade exagerada da Alemanha com Israel no atual conflito com o Hamas, em meio ao crescente número de vítimas em Gaza.

A Bélgica tem liderado esforços para buscar soluções pacíficas, destacando seu apoio a um Estado Palestiniano reconhecido, conforme o acordo do governo Vivaldi.

Caroline Gennez, Ministra do Desenvolvimento belga do partido Vooruit e conhecida por sua posição pró-Palestina, questionou a postura inabalável da Alemanha em favor de Israel, apontando para a censura e a oposição a vozes pró-Palestinas nas instituições culturais alemãs.

Gennez destacou a dificuldade em compreender a postura alemã, dada a história do país e sua participação na fundação do projeto europeu.

“Sempre admirei a Alemanha pela sua capacidade de olhar nos olhos o seu próprio passado de guerra”, disse Gennez ao Knack.

“Como resultado, fazia parte dos alicerces do projecto europeu. Por isso é difícil compreender porque é que a mesma Alemanha se deixou enganar por este governo israelita, que prossegue uma política de colonização descarada”, disparou.

Contrapondo-se a isso, Petra de Sutter, outra ministra belga, manifestou interesse em se juntar ao caso de genocídio da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça.

A Alemanha, citando seu legado histórico do Holocausto, manteve seu apoio a Israel, enquanto a Bélgica e outros países da UE questionam esse apoio, especialmente considerando os ataques do Hamas.

Gennez reitera que nenhum Estado-Membro da UE contesta a existência de Israel, mas enfatiza a necessidade de não ignorar a violência desproporcional contra civis.

Ela vê Israel como uma “potência ocupante”, apesar de sua retirada de Gaza em 2005, e condena as violações do direito internacional por ambas as partes no conflito.

Acusações foram também dirigidas à Alemanha por supostamente ignorar a linguagem incitadora de facções de extrema-direita no governo israelita.

Gennez questiona a persistência da culpa histórica alemã e insta a Alemanha a reavaliar sua posição.

“Nenhum Estado-Membro da UE contesta o direito de existência de Israel”, lembrou Gennez. “Mas é certamente por isso que não devemos ficar de braços cruzados face a tanta violência desproporcional contra uma população civil, mesmo que seja em retaliação por um acto de terror?”, questionou.

Em resposta, o embaixador alemão na Bélgica, Martin Kotthaus, expressou descontentamento com as declarações de Gennez, enfatizando a responsabilidade alemã pela segurança de Israel. Além disso, ele rejeitou comparações entre o Holocausto e a situação atual.

Por outro lado, os separatistas flamengos N-VA, da oposição, veem os esforços de paz da Bélgica como erros diplomáticos. Reiteram o direito de Israel à auto-defesa, ao mesmo tempo que pedem proteção à população civil.

Gennez, em uma aparição na TV flamenga, reforçou a necessidade de apoiar todas as vítimas e de buscar o fim da violência, ressaltando as dificuldades em manter um diálogo sereno e factual devido às emoções geradas pelo conflito.

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