A Ferrovia Transnordestina, importante projeto de infraestrutura, está progredindo significativamente no estado do Ceará, com destino final no Porto do Pecém.
Segundo Tufi Daher Filho, diretor-presidente da Transnordestina Logística S.A. (TLSA), a expectativa é que as operações da ferrovia iniciem no próximo ano, mesmo antes da finalização de todos os trechos.
O segmento entre São Miguel do Fidalgo (PI) e o Sertão Central do Ceará está programado para começar a operar em 2025, focando no transporte de cargas e incluindo um terminal para descarga.
“A boa notícia é que, mesmo antes de chegar no Porto do Pecém, a partir de 2025, vamos começar o transporte de cargas de São Miguel do Fidalgo e trazer soja, milho e outras cargas que vão surgir e trazer para essa região do Sertão Central, nessa bacia leiteira que existe na região de Quixeramobim, Quixadá e Piquet Carneiro, onde tem muito consumo de grãos”, afirmou Daher Filho ao Diário do Nordeste.
Ele também destacou que, no auge da construção, estima-se a criação de aproximadamente 9 mil empregos diretos e 45 mil indiretos.
“A expectativa é de, neste ano, a gente contratar tudo. É o nosso planejamento, é isso que o acionista espera para pormos um fim nessa construção e passarmos a tratar só de negócios, de trazer indústrias, empresas, geração de emprego e produção para essa região”, destacou.
As operações iniciarão de forma experimental, com transporte de soja, milho e outras cargas a partir de São Miguel do Fidalgo para a região do Sertão Central, beneficiando áreas como Quixeramobim, Quixadá e Piquet Carneiro.
Além disso, a TLSA planeja estabelecer um terminal de carregamento em São Miguel do Fidalgo e um terminal de descarga no Sertão Central, para atender a demanda de grãos na região.
A ferrovia, em sua fase inicial, funcionará como um teste para o futuro trajeto “L”, que conectará Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE).
A TLSA garante que a Ferrovia Transnordestina alcançará Acopiara até fevereiro. Os 11 trechos no Ceará continuam em progresso, com o lote 1 (Missão Velha – Lavras da Mangabeira) já concluído e o lote 3 (Iguatu – Acopiara) perto da finalização.
A Marquise Infraestrutura foi selecionada para iniciar a construção nos trechos 4 e 5, com previsão de início em março e conclusão em menos de dois anos. Até 1.300 empregos diretos são esperados durante as obras.
O diretor-presidente da TLSA também informa que a licitação do trecho 6 (Quixeramobim – Quixadá) está em fase final. A expectativa é de contratar todos os segmentos pendentes em 2024, agilizando a infraestrutura na região.
Em termos financeiros, a ferrovia, com 527 quilômetros apenas no Ceará, demandará investimentos bilionários.
Daher Filho revela que os 389 quilômetros restantes custarão cerca de R$ 6,5 bilhões, além dos investimentos em infraestrutura portuária. A expectativa é de que a construção gere milhares de empregos, com a obra concluída até meados de 2027.
A TLSA já investiu R$ 4 bilhões no projeto, e espera liberação de mais R$ 2,5 bilhões em 2024 para viabilizar a contratação dos trechos restantes.
Daher Filho acredita que a ferrovia trará benefícios significativos para a exportação e logística regional, reduzindo os custos de transporte e aumentando a competitividade no mercado global.
Com informações do Diário do Nordeste