Ineep: Fim da PPI gerou estabilidade e alívio no bolso dos brasileiros

DIVULGAÇÃO / PETROBRAS

A partir de maio de 2023, já no primeiro ano do terceiro governo do presidente Lula, uma mudança na política de preços da Petrobras levou a um cenário mais estável no mercado de combustíveis brasileiro.

A Petrobras, embora não seja o único agente no mercado, exerce influência maciça na formação dos preços internos. Desde a implementação da nova estratégia, que prioriza a oferta e a demanda nacional, notou-se maior estabilidade, inclusive com reduções de preços subsequentes.

Em junho, por exemplo, os preços do GLP (gás de cozinha) confirmaram essa estabilidade. Os valores do diesel S10 e da gasolina seguiram a tendência do Preço de Paridade de Importação (PPI), mas sem refletir diretamente as bruscas flutuações do mercado internacional. Os preços do diesel começaram a cair em outubro, e os da gasolina, a partir de setembro. Os dados foram disponibilizados pelo Ineep.

Já no encerramento do ano, houve pequenas reduções nos preços de todos os combustíveis analisados: gasolina (-0,5%), diesel S10 (-2,9%), GLP (-0,4%) e etanol hidratado (-1%). Esse declínio também espelha a queda nos preços internacionais do petróleo (-6,4% para o Brent) e a estabilidade do real frente ao dólar.

Dezembro marcou uma significativa redução nos valores do PPI, alterando a comparação dos preços entre as operadoras. Por exemplo, em novembro, a Petrobras praticava preços 0,7% acima do PPI para a gasolina, número que subiu para 3,6% em dezembro.

No diesel S10, a diferença entre o PPI e os preços da Petrobras diminuiu de 9,9% em novembro para 1,7% em dezembro.

Em seu último relatório, o Ineep prevê para dezembro uma queda de 1,2% no preço médio final da gasolina e uma redução mais acentuada de 5,1% no diesel.

A diminuição menos expressiva da gasolina se deve ao aumento de 7% na margem de distribuição e revenda. Para o diesel S10, a queda significativa resulta da combinação de reduções no preço do produtor e na margem de distribuição e revenda.

Para 2024, espera-se alterações nos preços devido a mudanças no regime tributário dos combustíveis. Nos últimos dois meses de 2023, a Petrobras adotou medidas preventivas em relação ao diesel para mitigar possíveis impactos na inflação devido à reintrodução de tributos sobre o combustível.

Em dezembro, o preço do petróleo Brent caiu 6,4% no mercado internacional, e o dólar manteve estabilidade em relação ao real.

Os preços da gasolina nos postos caíram 0,5%, atingindo R$ 5,60 por litro, ainda 12,6% acima do valor de dezembro de 2022.

O diesel S10 reduziu 2,9%, com preço médio de R$ 6,02 por litro, e o GLP teve uma leve redução, com preço médio de R$ 100,93 por botijão de 13kg. O etanol hidratado também apresentou queda, fechando o mês em R$ 3,48 por litro.

A análise comparativa entre os preços de PPI e os praticados pelas operadoras também mostrou variações significativas em dezembro.

A Petrobras e a 3R Petroleum venderam gasolina pouco acima do PPI, enquanto a Acelen-BA manteve seus preços um pouco abaixo. No diesel, a Petrobras aproximou-se do PPI em dezembro, após manter preços acima da referência nos meses anteriores.

Em resumo, a nova política de preços da Petrobras contribuiu para a estabilidade e a redução dos preços dos combustíveis, refletindo também as variações no mercado internacional e as alterações tributárias previstas para 2024.

Acesse o relatório completo do Ineep clicando aqui.

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
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