Paquistão anuncia bombardeios no sudeste do Irã

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O governo do Paquistão anunciou, nesta quinta-feira, a execução de ataques aéreos contra refúgios de militantes separatistas na província de Siestan-o-Baluchistan, no sudeste do Irã.

Esta operação militar surge como resposta aos recentes ataques conduzidos por Teerã em território paquistanês.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, em comunicado oficial, declarou:

“Esta manhã, o Paquistão empreendeu uma série de ataques militares de precisão altamente coordenados e especificamente direcionados contra esconderijos terroristas na província de Siestan-o-Baluchistan, no Irã”. A nota prossegue, afirmando que a ação resultou na morte de vários terroristas.

Islamabad justifica o ataque mencionando a inércia do Irã no combate aos terroristas do grupo Sarmachars, de origem paquistanesa, ativos em solo iraniano.

O governo paquistanês alega ter fornecido a Teerã provas da presença deste grupo paramilitar no Irã, sem que medidas efetivas fossem tomadas.

O governo do Paquistão enfatizou:

“Devido à falta de ação em relação às nossas sérias preocupações, os chamados Sarmachars continuaram a derramar o sangue de paquistaneses inocentes impunemente. A ação desta manhã foi tomada à luz de informações credíveis sobre atividades terroristas iminentes”.

Apesar da ofensiva, o Paquistão reiterou o respeito pela “soberania e a integridade territorial da República Islâmica do Irã”, esclarecendo que o objetivo da operação era salvaguardar a segurança nacional do Paquistão.

Esta escalada surge após o Irã ter realizado, na noite de terça-feira, 16, ataques com mísseis de precisão e drones contra militantes sunitas do grupo Jeysh al-Adl, na província do Baluchistão, sudoeste do Paquistão. A ação foi reportada pela agência de notícias Tasnim, alinhada ao governo iraniano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Hossein Amirabdollahian, durante o 54º Fórum Econômico Mundial de 2024, em Davos, Suíça, afirmou o respeito do Irã pela soberania do Paquistão, mas enfatizou que o país não tolerará ameaças à sua segurança.

Acesse a íntegra do comunicado clicando aqui.

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