Agências da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram nesta segunda-feira, 15, uma declaração conjunta urgente sobre a situação crítica na Faixa de Gaza, enfatizando a insuficiência da ajuda humanitária para atender às necessidades essenciais da população local.
As agências, incluindo o Programa Alimentar Mundial (PAM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), expressaram preocupação com a proximidade da população de Gaza à morte por fome, apesar da presença de caminhões de alimentos nas proximidades.
A declaração apelou diretamente a Israel para facilitar o aumento das entregas de ajuda, cruciais para a sobrevivência da população no enclave sitiado.
As agências sugeriram a abertura de novas rotas de entrada e solicitaram permissão para que mais caminhões cruzem os controles fronteiriços diariamente, além de pedir menos restrições à circulação de trabalhadores humanitários.
Cindy McCain, CEO do PAM, enfatizou a urgência da situação, destacando que cada hora perdida aumenta o risco para inúmeras vidas.
Ela ressaltou a capacidade de controlar a fome, desde que haja suprimentos suficientes e acesso seguro aos necessitados.
A OMS reportou que a maioria dos palestinos em Gaza omite refeições diariamente, e muitos adultos se abstêm de comer para que as crianças possam ser alimentadas.
Catherine Russell, Diretora Executiva da UNICEF, expressou preocupação com o elevado risco de morte de crianças por subnutrição e doenças, salientando a necessidade urgente de tratamento médico, água potável e serviços de saneamento.
Ela também mencionou as dificuldades enfrentadas na importação de materiais essenciais para reparar e melhorar o abastecimento de água em Gaza.
Finalmente, as agências da ONU pediram autorização israelense para usar o porto de Ashdod, situado a cerca de 40 quilômetros ao norte, para facilitar o envio e o transporte direto de ajuda para as regiões mais afetadas do norte de Gaza.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!