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Astrônomos descobrem buraco negro mais antigo do universo

Uma equipe internacional de astrônomos realizou uma descoberta significativa: um buraco negro que remonta a uma época em que o Universo tinha apenas 400 milhões de anos. Este estudo, apresentado na quarta-feira, 17, foi liderado por Jan Scholtz, astrofísico do Instituto de Cosmologia Kavli da Universidade de Cambridge. O achado redefine o conhecimento prévio, avançando […]

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Nasa/ESA/STScI/AFP

Uma equipe internacional de astrônomos realizou uma descoberta significativa: um buraco negro que remonta a uma época em que o Universo tinha apenas 400 milhões de anos. Este estudo, apresentado na quarta-feira, 17, foi liderado por Jan Scholtz, astrofísico do Instituto de Cosmologia Kavli da Universidade de Cambridge.

O achado redefine o conhecimento prévio, avançando o registro de buracos negros conhecidos em aproximadamente 200 milhões de anos. Scholtz, coautor do estudo publicado na revista Nature, destacou a importância dessa descoberta para a modelagem teórica futura.

O buraco negro, situado na galáxia GN-z11, tem uma massa estimada em 1,6 milhão de vezes a do Sol. Sua detecção foi facilitada pela emissão de luz intensa ao absorver matéria circundante.

A GN-z11, identificada inicialmente em 2016 pelo telescópio espacial Hubble, foi reconhecida como a galáxia mais antiga e distante observada. Em 2022, o telescópio espacial James Webb possibilitou a localização precisa do buraco negro.

Este buraco negro, datado de 430 milhões de anos após o Big Bang, marca uma era crucial, conhecida como o alvorecer cósmico. Foi um período de formação das primeiras estrelas e galáxias, emergindo das chamadas “idades escuras”.

A pesquisa levanta questões sobre o rápido crescimento do buraco negro. Stéphane Charlot, astrofísico do Instituto de Astrofísica de Paris e também coautor do estudo, ressaltou que as características do buraco negro sugerem um desenvolvimento mais acelerado em comparação a outros buracos negros da mesma era.

Roberto Maiolino, professor de astrofísica em Cambridge e coautor do estudo, apontou que as teorias existentes sobre a formação de buracos negros podem não ser suficientes para explicar este caso, sugerindo a necessidade de explorar novos modelos.

O estudo publicado na Nature considera várias hipóteses, incluindo a possibilidade de o buraco negro ter se formado diretamente de uma estrela supermaciça ou de uma densa nuvem de gás.

Scholtz expressou otimismo de que as observações futuras pelo telescópio James Webb forneçam mais insights, permitindo a detecção de outros buracos negros em áreas mais amplas do céu.

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