Pesquisa revela que economia global terá crescimento tímido em 2024

Reprodução / Fórum Econômico Mundial

Uma pesquisa com economistas-chefes dos setores público e privado de todo o mundo, divulgada nesta segunda-feira, 15, revela que a economia global enfrenta um ano de perspectivas de crescimento moderado e incertezas.

O estudo é realizado anualmente antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, e visa fornecer insights sobre as prioridades para autoridades de política monetária e líderes empresariais.

De acordo com a pesquisa, aproximadamente 56% dos entrevistados esperam um enfraquecimento das condições econômicas globais este ano, com notável divergência regional.

Enquanto a maioria prevê um crescimento moderado ou mais forte na China e nos Estados Unidos, há um amplo consenso de que a Europa apresentará apenas um crescimento fraco ou muito fraco.

As perspectivas para o Sul da Ásia e o Leste Asiático e Pacífico foram mais otimistas, com uma grande maioria esperando um crescimento pelo menos moderado em 2024.

Refletindo as observações de principais bancos centrais, que sugerem que as taxas de juros atingiram o pico, 70% dos entrevistados preveem condições financeiras mais flexíveis à medida que a inflação diminui e a pressão atual nos mercados de trabalho enfraquece.

A pesquisa também abordou o impacto da inteligência artificial na economia global.

Enquanto 94% dos entrevistados esperam um aumento significativo na produtividade nas economias de alta renda nos próximos cinco anos devido à IA, apenas 53% têm a mesma expectativa para as economias de baixa renda.

Separadamente, o Fórum Econômico Mundial divulgou um estudo sobre a “qualidade” do crescimento econômico em 107 economias, concluindo que a maioria dos países está crescendo de maneiras que não são ambientalmente sustentáveis nem socialmente inclusivas.

Saadia Zahidi, diretora executiva do Fórum, destacou a importância de uma abordagem equilibrada para o crescimento global, considerando prioridades sociais e ambientais.

O Fórum anunciou uma campanha para promover essa nova abordagem e auxiliar as autoridades de política monetária nesse processo.

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