O módulo lunar da empresa Astrobotic, na primeira tentativa dos Estados Unidos de alcançar a Lua em cinco décadas, está agora em uma trajetória preocupante de retorno à Terra, onde se espera que seja destruído pela atmosfera. A revelação foi feita pela própria empresa, com sede em Pittsburgh, através da rede social X.
“A última estimativa mostra que a nave espacial está se dirigindo para a Terra, onde provavelmente vai destruída na atmosfera”, anunciou a Astrobotic. A equipe da empresa está avaliando alternativas e prometeu atualizações iminentes.
A sonda Peregrine, que permanece no espaço há mais de cinco dias, encontra-se a aproximadamente 390 mil quilômetros do nosso planeta.
O fracasso da missão foi confirmado após um vazamento de combustível, ocorrido horas depois do lançamento, na madrugada de segunda-feira, 8, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral.
Apesar do revés, a Astrobotic conseguiu executar outras tarefas importantes, incluindo o lançamento de experimentos científicos para a Nasa e outras agências espaciais, além de coletar dados de voo valiosos.
O objetivo inicial da Astrobotic era se tornar a primeira empresa privada a realizar um pouso bem-sucedido na Lua, feito alcançado até agora por apenas quatro nações. Um novo esforço é esperado em fevereiro pela Intuitive Machines, empresa de Houston.
A Nasa, que investiu 108 milhões de euros no projeto Peregrine da Astrobotic, espera que sondas privadas precedam a chegada de astronautas, oferecendo experiências tecnológicas e científicas cruciais.
Apesar do contratempo com a Peregrine, Bill Nelson, administrador da Nasa, enfatizou nas redes sociais o “sucesso” do novo foguete Vulcan Centaur, do grupo industrial ULA, responsável por transportar a sonda ao espaço.
A Nasa planeja intensificar as tentativas de alcançar a Lua, visando aumentar as chances de sucesso. A Astrobotic terá outra oportunidade em novembro com o módulo de pouso Griffin, destinado a levar o veículo Viper da Nasa ao pólo sul lunar.