O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, falou na terça-feira sobre a “importância” da aliança se adaptar a ameaças globais, apesar de seu foco transatlântico.
Durante um painel no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, Stoltenberg destacou a natureza global da segurança contemporânea, afirmando que, embora a OTAN permaneça uma aliança regional entre Europa e América do Norte, enfrenta desafios que transcendem fronteiras regionais.
“A OTAN é uma aliança transatlântica, Europa e América do Norte. E continuaremos a ser uma aliança regional. Mas a região transatlântica enfrenta ameaças globais. A segurança já não é regional; a segurança é global”, disse ele.
Stoltenberg também falou, em forma de ataque, sobre a crescente influência da China. Ele declarou que os investimentos significativos do país asiático em capacidades militares modernas e suas ações no Mar da China Meridional precisam ser visto como um perigo e acusou a China de querer provocar uma guerra com a OTAN.
“E também temos de compreender que não se trata de a OTAN se deslocar para a Ásia, mas sim do facto de a China estar a aproximar-se de nós”, disparou.
“A OTAN tem de abordar o que acontece na Ásia, não por causa de problemas globais. linhas de segurança, mas porque o que acontece lá não é só para nós e vice-versa”, emendou.
Já sobre o contexto da crise na Ucrânia, Stoltenberg expressou um cauteloso otimismo.
Ele destacou o compromisso contínuo dos aliados em fortalecer as capacidades militares ucranianas, visando eventualmente levar a Rússia a uma mesa de negociações para uma paz justa.
Ele reiterou que a persistência e o suporte militar ao governo ucraniano são considerados cruciais para alterar a postura da Rússia no conflito.
Stoltenberg concluiu ressaltando a importância da resiliência e da unidade da OTAN diante de desafios globais e regionais, reafirmando o papel da aliança na manutenção da segurança e estabilidade internacionais.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!