Em uma recente reviravolta nas eleições regionais de Taiwan, o Partido Democrático Progressista (DPP) assegurou a vitória, apesar de representar apenas cerca de 40% do eleitorado, conforme indicado por analistas do Estreito de Taiwan.
A conquista eleitoral do DPP, liderada pelo candidato pró-independência Lai Ching-te e Hsiao Bi-khim, reflete um apoio de 5,6 milhões de votos, ou 40% do total.
Contrastando com esta vitória, a oposição, incluindo o Kuomintang (KMT) e o Partido Popular de Taiwan (TPP), coletivamente angariou quase 60% dos votos, sugerindo uma insatisfação pública com o governo do DPP.
O KMT emergiu como o maior partido na legislatura de 113 assentos, aumentando seus assentos de 35 para 52, enquanto o DPP viu uma redução de 68 para 51 assentos.
Wang Hailiang, do Instituto de Estudos da Ásia Oriental de Xangai, aponta que a votação majoritária contra o DPP e os resultados legislativos são um indicativo claro da opinião pública dominante, que favorece a remoção do DPP do poder.
Ele ressalta a perda de 2,6 milhões de votos pelo DPP em comparação com a eleição anterior e a migração de votos, especialmente entre jovens e indecisos, para o TPP.
Lee Wei-kuo, presidente da Associação de Desenvolvimento Comercial da Juventude Chinesa, sediado em Taipei, observa que o sentimento predominante em Taiwan é a necessidade de mudança, impulsionado pela alegada corrupção do DPP e pelo desejo de melhorar as relações através do Estreito.
A eleição também destaca o deslocamento de jovens e eleitores indecisos em direção ao TPP, um partido fundado em 2019.
Os analistas enfatizam a necessidade de mais intercâmbios e comunicação entre os jovens dos dois lados do Estreito, visando oportunidades de desenvolvimento e compreensão mútua.
Com informações da China Daily