Anunciada em 2022, a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste Lubnor (Lubnor) para a empresa Grepar, no valor de US$ 34 milhões, tem sido criticada por estar abaixo do valor de mercado, representando um prejuízo para o Brasil. Essa avaliação foi expressa por Fábio Galvão, superintendente do Patrimônio da União no Ceará (SPU-CE).
Em declaração ao jornal O POVO, Galvão argumentou que o preço acordado durante a administração de Jair Bolsonaro não cobre nem o custo do terreno da refinaria, situado próximo ao Porto do Mucuripe.
Ele destacou que o valor oferecido foi um dos principais obstáculos nas negociações com a Prefeitura de Fortaleza, que possui 30% da propriedade do terreno e considerou o preço proposto muito baixo.
A Petrobras, por sua vez, após receber aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concluir a venda em agosto de 2023, adiou a finalização do negócio várias vezes, culminando no cancelamento da venda em novembro.
Galvão salientou que o acordo não beneficiava os interesses do governo brasileiro nem do povo, uma vez que o valor estava significativamente abaixo do real valor do imóvel.
Ele também observou que a questão não era com a empresa compradora, Grepar, mas sim com a oferta de venda, que não refletiu o valor de mercado do terreno e da refinaria.
Em resposta, a Grepar entrou com uma ação judicial contra a Petrobras, referente às complicações do acordo, buscando indenização pelo cancelamento.
A SPU-CE informou que a Petrobras está considerando um acordo com a Grepar para reembolsar os 10% já pagos, ajustados pelo índice de correção.
Além disso, a Petrobras planeja negociar com a Prefeitura de Fortaleza um valor para finalizar o acordo de cessão onerosa e adquirir os 30% restantes do terreno.
Durante uma visita a Fortaleza em dezembro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, discutiu os novos planos de investimento para a Lubnor, incluindo torná-la a primeira refinaria carbono neutro do Brasil.
Os planos envolvem o aumento da produção de Lubrificantes Naftênicos, a produção e venda de Asfaltos de Baixo Carbono, a produção de biobunker e a adaptação para a produção de Diesel com conteúdo renovável.
Nelson
17/01/2024 - 15h17
Há uma série quase sem fim de fatos a demonstrar que as repetidas declarações dos bolsominions, de que “enfim tínhamos um presidente honesto” e “patriota”, não guardam qualquer relação com a realidade. São resultado apenas do altíssimo grau de fanatismo dessa gente. A privatização da Lubnor é somente um desses fatos.