Direito de resposta a Andreza Matais

Na tarde desta terça-feira, a defesa da jornalista e editora-executiva do Estadão, Andreza Matais, procurou O Cafezinho com objetivo de garantir o direito de resposta sobre uma reportagem intitulada Repórteres falam em coação da editora do Estadão em reportagem contra Dino, publicada neste portal em 19 de novembro de 2023.

Vale ressaltar que a defesa da jornalista é representada pelo advogado André Cid de Oliveira, com registro na OAB-SP nº 351.052. Aceitamos o pedido de bom grado e disponibilizamos a resposta de Matais.

Leia a íntegra!

Resposta de Andreza Matais

Sobre a publicação “Repórteres falam em coação da editora do Estadão em reportagem contra Dino”, de 19 de novembro de 2023, repudio as mentirosas e infundadas acusações divulgadas por este veículo a meu respeito, como se verdade fossem, sem ouvir os repórteres que assinaram a matéria e sem informar ao leitor que se tratava de uma denúncia anônima.

Jamais submeti minha equipe a “condições de trabalho degradantes e humilhantes”, tampouco houve “fabricação” de matérias ou “violações às leis de imprensa”.

Ao contrário do que se noticiou, as reportagens sobre a “Dama do Tráfico” nem sequer foram preparadas e publicadas por repórteres recém-contratados. Elas foram assinadas por dois experientes jornalistas do Estadão.  

E os próprios repórteres de política do Estadão, também indignados com as acusações, divulgaram em 22 de novembro de 2023 uma carta aberta na qual reprovaram a divulgação de “versões falsas sobre nossas condições de trabalho” e esclareceram serem “mentirosas as informações… de que nossas reportagens são escritas e publicadas sob coação e assédio de editores”.

A fragilidade da denúncia, formulada por um acusador anônimo e desacompanhada de provas, fez com que o Procurador do Trabalho determinasse preliminarmente, em decisão de 21 de novembro de 2023, a realização de diligências para corroborar as afirmações reproduzidas por este veículo. Sobretudo por entrever a possibilidade de que o Ministério Público do Trabalho esteja sendo “utilizado como mecanismo para criação de factoides político-partidários”.

A verdade é que a cobertura jornalística do caso “Dama do Tráfico” nada teve de “fabricada”. Pelo contrário, as visitas de Luciane Barbosa Faria ao Ministério da Justiça, então comandado por Flávio Dino, foram confirmadas pela própria pasta, que, inclusive, mudou as regras de acesso ao prédio em regime de urgência. E um secretário do Ministério assumiu publicamente o erro.

Ou seja, não agi por conveniências pessoais ou com o intuito de beneficiar a candidatura de quem quer que seja a uma vaga de Ministro do Supremo Tribunal Federal. Muito menos a do presidente do Tribunal de Contas da União, de quem não sou “amiga pessoal”.

Como sempre faço, e como é tradição do Estadão, eu e a equipe de Política do jornal levamos à sociedade informações verdadeiras a respeito de um assunto de evidente interesse público, respeitando a ética jornalística e os direitos trabalhistas.

Redação:
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