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Dissolução do parlamento português abre favoritismo do partido socialista nas eleições

O Parlamento de Portugal foi oficialmente dissolvido nesta segunda-feira, 15, marcando o início do processo para as eleições antecipadas programadas para 10 de março. A atual legislatura do Partido Socialista, que tinha previsão de término em 2026, terminou abruptamente após a renúncia do Primeiro-Ministro António Costa em meio a investigações de corrupção que afetaram membros-chave […]

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REPRODUÇÃO/PS

O Parlamento de Portugal foi oficialmente dissolvido nesta segunda-feira, 15, marcando o início do processo para as eleições antecipadas programadas para 10 de março.

A atual legislatura do Partido Socialista, que tinha previsão de término em 2026, terminou abruptamente após a renúncia do Primeiro-Ministro António Costa em meio a investigações de corrupção que afetaram membros-chave do governo.

O Partido Socialista, apesar das circunstâncias que levaram ao término antecipado da gestão de Costa, lidera as pesquisas de intenção de voto.

Em contrapartida, o Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, ocupa o segundo lugar, com uma diferença de quase 9 pontos percentuais, conforme indicado pelo instituto Aximage.

Em terceiro lugar nas pesquisas está o Chega, um partido de ultradireita, que tem demonstrado um forte discurso contra o sistema estabelecido.

As pesquisas indicam um possível aumento significativo em seu desempenho em relação às últimas eleições. André Ventura, líder do Chega, já expressou a intenção de participar do governo caso seu partido obtenha sucesso nas urnas.

A política portuguesa permite arranjos pós-eleitorais, possibilitando que partidos com menor número de votos formem o governo. Isso ocorreu em 2015, quando os socialistas, mesmo sem serem o partido mais votado, ascenderam ao poder através de uma coalizão com outras legendas de esquerda.

As últimas pesquisas apontam um empate técnico entre os blocos de esquerda e direita, com os primeiros somando 44,9% das intenções de voto e os últimos 46,4%.

O partido ambientalista PAN (Pessoas-Animais-Natureza), com 3,7% das intenções de voto, demonstrou estar aberto a apoiar governos de ambos os lados do espectro político.

Luís Montenegro, líder do PSD, descartou a possibilidade de formar uma aliança pós-eleitoral para chegar ao poder, afirmando que só assumirá o cargo de primeiro-ministro se vencer as eleições.

Apesar de estar aberto ao diálogo com outros partidos, Montenegro tem rejeitado a ideia de uma coalizão com o Chega.

Entretanto, uma coligação pré-eleitoral foi anunciada pelo PSD com o Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico, ambos de centro-direita.

Do lado do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas, não descartou a possibilidade de reeditar a coalizão conhecida como “geringonça”, mas enfatizou a importância de uma vitória eleitoral independente.

Com a dissolução do Parlamento, o cenário político português permanece incerto até a posse da nova legislatura. Costa, que anunciou sua renúncia no dia 7 de novembro, permanece no cargo com poderes limitados até a formação do novo governo.

A Procuradoria-Geral da República também anunciou que Costa será investigado por suposta corrupção no setor de energia verde.

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