Análise revela viés em cobertura da guerra em Gaza por grandes jornais dos EUA

AFP

Uma análise conduzida sobre a cobertura da guerra em Gaza pelos principais veículos de imprensa dos Estados Unidos, incluindo o New York Times, Washington Post e Los Angeles Times, destacou um viés evidente em relação aos palestinos.

O estudo, realizado pelo Intercept, ressalta a influência significativa dos grandes jornais impressos na formação da opinião pública dos Estados Unidos sobre o conflito Israel-Palestina.

De acordo com a pesquisa, a cobertura midiática estadunidense deu uma ênfase desproporcional às mortes israelenses no conflito, utilizando uma linguagem emotiva para descrever os assassinatos de israelenses, ao mesmo tempo em que negligenciava a mesma abordagem para as vítimas palestinas.

Além disso, a análise apontou uma falta de equilíbrio na cobertura dos atos antissemitas nos EUA, enquanto o racismo antimuçulmano era amplamente ignorado.

A pesquisa, que examinou mais de 1.000 artigos sobre a guerra em Gaza, identificou um claro desequilíbrio a favor das narrativas israelenses em detrimento das palestinas.

Durante as primeiras seis semanas da guerra, os veículos analisados retrataram de maneira sombria o lado palestino, com especial destaque para o retrato das vítimas infantis.

Em uma amostra de mais de 1.100 artigos, apenas dois mencionaram a palavra “crianças” em relação às vítimas de Gaza.

O Intercept também observou escolhas enviesadas de frases e palavras utilizadas nas matérias. Termos como “israelense” ou “Israel” foram notados com uma frequência maior do que “palestino” nos jornais, mesmo diante do número significativamente superior de mortes palestinas.

Para cada duas mortes palestinas, apenas uma menção era feita, enquanto para cada morte israelense, eram mencionadas oito vezes.

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