A empresa chinesa BYD se comprometeu a verticalizar sua produção de veículos elétricos no Brasil, abrangendo desde a exploração e processamento do lítio até a fabricação de baterias e veículos.
A companhia também incluirá veículos híbridos flex a etanol em seu portfólio brasileiro, uma abordagem única em comparação com outros mercados globais.
Segundo Alexandre Baldy, presidente do Conselho da BYD Brasil, em entrevista à agência epbr, o objetivo é transformar o Brasil em um hub regional na América Latina para a BYD.
Esta estratégia está em linha com as políticas do governo federal, que visam impulsionar a indústria nacional e acelerar a descarbonização da frota brasileira.
A decisão da BYD de investir no Brasil foi fortalecida pelas recentes medidas do governo, incluindo o programa Mover e a retomada da tributação sobre veículos elétricos importados.
Além disso, a manutenção de incentivos fiscais para o setor automobilístico no Nordeste até 2032, aprovada pelo Congresso Nacional na reforma tributária, solidificou os planos de investimento da empresa no estado da Bahia.
A empresa planeja investir R$ 3 bilhões em um complexo industrial em Camaçari, Bahia, no local da antiga fábrica da Ford, para produzir veículos elétricos e processar minerais críticos.
Baldy ressaltou a importância da reforma tributária e das políticas públicas do governo federal para incentivar investimentos locais.
Além da fabricação de veículos, a BYD está investindo na mineração de lítio e outros minerais nos estados da Bahia e Minas Gerais.
A companhia também se adapta às políticas brasileiras ao incluir etanol em sua estratégia de produção, diferenciando-se de suas operações globais.
Com uma abordagem agressiva, a BYD lidera o mercado brasileiro de veículos eletrificados. Em 2023, seu modelo Dolphin Plus tornou-se o elétrico mais vendido no Brasil.
A empresa planeja expandir sua presença no país, com investimentos adicionais em infraestrutura de fabricação e rede de concessionárias.
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