O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 11, uma importante iniciativa no combate ao crime organizado no Equador.
A general Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos EUA, juntamente com altos funcionários antinarcóticos e diplomáticos, será enviada ao Equador para discutir estratégias de combate com o governo do presidente Daniel Noboa.
Em um comunicado, Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, destacou a grave situação no Equador, marcada por “níveis atrozes de violência e terrorismo pelas mãos de elementos narcocriminais que têm como alvo civis inocentes”. Miller ressaltou a preocupante condição de “mais de 100 guardas penitenciários mantidos reféns”.
O governo do presidente americano Joe Biden, expressando profunda preocupação, tem condenado as ações violentas de mais de 20 gangues de narcotráfico no Equador.
Embora as declarações anteriores do governo americano tenham sido evasivas, o novo comunicado do Departamento de Estado é mais assertivo.
“Trabalharemos com o presidente Noboa para aprofundar nossa cooperação em matéria de aplicação da lei por meio de programas de assistência em segurança”, afirmou o comunicado.
Para fortalecer a cooperação bilateral, Washington planeja enviar sua delegação de alto nível “nas próximas semanas”, visando discutir com seus colegas equatorianos métodos mais eficazes de combate às organizações criminosas transnacionais.
A delegação incluirá, além da general Richardson, Todd Robinson, subsecretário do Escritório Internacional de Narcóticos e Aplicação da Lei, e Kevin Sullivan, um alto funcionário da seção do Departamento de Estado para a América Latina. Adicionalmente, policiais americanos serão enviados para “ajudar o Equador em investigações criminais”.
O esforço dos Estados Unidos também envolverá o aumento da “troca de inteligência, a cooperação para combater a atividade cibernética maliciosa e a ajuda com a implementação de reformas penitenciárias”.
O comunicado também menciona o uso de “outras ferramentas disponíveis para responsabilizar aqueles indivíduos e organizações que participam em atividades criminais e solapam o Estado de Direito”, embora detalhes específicos não tenham sido divulgados.