O candidato presidencial do partido governante de Taiwan, Lai Ching-te, declarou nesta terça-feira, 9, sua oposição ao princípio de “Uma China”, afirmando que “aceitar a proposta de princípio único da China não é a verdadeira paz”.
No entanto, Lai Ching-te também anunciou seu compromisso em manter o status quo e buscar a paz por meios pacíficos, mantendo-se aberto ao envolvimento com Pequim sob a condição de igualdade e dignidade, de acordo com informações da Reuters.
O território de Taiwan é reivindicado pela República Popular da China como parte de seu território soberano, e Pequim classificou as eleições em Taiwan como uma escolha entre a paz e a guerra através do Estreito de Taiwan.
Pequim denunciou o vice-presidente Lai, membro do Partido Democrático Progressista (DPP), como separatista, alertando que qualquer tentativa de buscar a independência formal de Taiwan resultaria em conflito. O governo de Taiwan, por sua vez, rejeita a afirmação de soberania da China.
Apesar das tensões, Lai enfatizou seu desejo de buscar o diálogo com a China, destacando que as negociações poderiam reduzir os riscos de conflito no Estreito de Taiwan. Ele argumentou que o desenvolvimento pacífico é do interesse de ambos os lados e do mundo.
Tanto o DPP quanto o maior partido de oposição de Taiwan, o Kuomintang (KMT), comprometeram-se a fortalecer as defesas da ilha. Ambos os partidos afirmam que apenas os 23 milhões de habitantes de Taiwan podem determinar seu próprio futuro, embora o KMT seja veementemente contra a independência.