As conversas de coordenação da política de defesa entre a China e os Estados Unidos foram retomadas esta semana, após uma pausa prolongada.
Durante a reunião, o lado chinês enfatizou firmemente suas posições sobre assuntos críticos, incluindo Taiwan e o Mar do Sul da China, bem como questões de segurança marítima e aérea.
Especialistas expressaram na quarta-feira que, apesar das diferenças persistentes e desafios para uma resolução imediata, essas conversas podem ser cruciais para diminuir o risco de mal-entendidos e evitar a escalada de conflitos acidentais.
As 17ª Conversações de Coordenação de Política de Defesa China-EUA aconteceram em Washington de segunda a terça-feira, conforme anunciado pelo Ministério da Defesa Nacional (MOD) da China. Este encontro marca a primeira reunião desde a suspensão das conversas anuais após a controversa visita de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos EUA, a Taiwan em agosto de 2022.
O comunicado de imprensa do MOD chinês revelou que a China busca desenvolver laços militares saudáveis e estáveis com os EUA, baseados na igualdade e no respeito. O objetivo é implementar os consensos militares importantes estabelecidos pelos líderes de ambos os países durante sua reunião em São Francisco em 2023.
Zhuo Hua, especialista em assuntos internacionais da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, interpretou a recente reunião como um progresso na retomada gradual dos intercâmbios militares entre China e EUA. Song Zhongping, especialista militar chinês, destacou a importância da comunicação direta entre as forças armadas dos dois países para prevenir conflitos e fricções.
Enquanto isso, o lado chinês instou os EUA a levar a sério as preocupações da China, especialmente em relação a Taiwan e o Mar do Sul da China. O MOD chinês enfatizou que não haverá concessões ou compromissos sobre a questão de Taiwan.
Por outro lado, o Departamento de Defesa dos EUA destacou a necessidade de manter linhas abertas de comunicação para evitar que a competição se transforme em conflito. Reafirmou o compromisso dos EUA com sua política de Uma Só China e a importância da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan.
Analistas apontam que, apesar das diferenças e incertezas, é fundamental que as duas nações líderes administrem suas divergências para salvaguardar a paz e a estabilidade regional.
Com informações da Global Times
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