Sete anos após o pioneirismo da EHang no segmento de drones de passageiros, a fabricante chinesa de veículos elétricos Xpeng irrompe no cenário com seu inovador “carro voador”. A empresa planeja entregar o primeiro lote de veículos até o último trimestre de 2025, independentemente do estado dos regulamentos vigentes.
Durante a CES 2024 em Las Vegas, a AeroHT, subsidiária da Xpeng, revelou dois modelos distintos de carros voadores. O destaque foi para o AeroHT eVTOL (eletricidade, decolagem e pouso vertical), um veículo mais esportivo que já completou testes de voo na China, embora não tenha decolado no evento.
Ainda sem detalhes divulgados sobre o preço ou a disponibilidade do AeroHT, cujas hélices emergem da parte traseira, o modelo já demonstrou capacidade de voo na China.
Brian Gu Hongdi, vice-presidente e presidente da Xpeng, indicou a possibilidade de lançamento antes da implementação de regulamentos específicos para uso urbano, permitindo voos em áreas onde a aviação não é regulada.
Gu enfatizou que o foco atual não é o transporte urbano, devido ao complexo processo regulatório. O objetivo é atingir o mercado de consumidores, oferecendo inicialmente a experiência de voo, para posteriormente, com o amadurecimento regulatório, migrar para o transporte urbano.
Comparando com a EHang, que debutou na CES 2016 com o EHang 184 e posteriormente abriu capital na Nasdaq, a Xpeng destaca as diferenças significativas entre seus produtos. Enquanto a EHang foca em veículos aéreos sem capacidade rodoviária e uso empresarial, a Xpeng visa um público mais amplo com seus carros voadores.
A Xpeng também ressaltou o potencial uso público de seus veículos, como em operações de resgate de emergência. O novo carro eVTOL, com rotores ocultáveis, promete um design mais elegante, atraindo consumidores mesmo antes de se tornar uma opção viável para o transporte diário.
Apesar dessas inovações, a Xpeng pode enfrentar desafios devido às tensões geopolíticas atuais, especialmente considerando as restrições anteriores dos EUA a tecnologias de drones chinesas, como no caso da DJI. Gu, contudo, expressou foco no mercado chinês, minimizando preocupações imediatas sobre potenciais barreiras comerciais.
Com informações da South China Morning Post