A direção da BYD, fabricante chinesa de veículos, revelou planos de duplicar o número de empregos para a primeira fase de sua fábrica na Bahia, elevando de 5 mil para 10 mil vagas.
Esta decisão visa acelerar o início da produção de veículos na unidade, agendada para ocorrer entre o final de 2024 e início de 2025.
Marcelo Schneider, diretor institucional da BYD, anunciou o novo plano durante o Brazil China Meeting, um fórum que reúne empresas e autoridades de ambos os países.
O evento, co-organizado pelo Valor e pelo Lide, está sendo realizado no Mandarin Oriental Hotel, em Shenzhen, China.
A primeira fase do investimento na fábrica baiana está estimada em R$ 3 bilhões, com uma capacidade de produção inicial de 150 mil veículos por ano, planejada para aumentar para 300 mil unidades posteriormente.
A decisão de antecipar as contratações foi influenciada pela recente retomada do Imposto de Importação em carros 100% elétricos pelo governo brasileiro, e o aumento do tributo para veículos híbridos.
Durante sua participação no painel “Indústria automobilística: Como as marcas chinesas podem transformar o mercado de veículos no Brasil e no mundo”, Schneider mencionou que, em fevereiro, a BYD iniciará estudos para a expansão da fábrica localizada em Camaçari (BA), anteriormente pertencente à Ford e agora repassada pelo governo da Bahia à BYD.
Além disso, a BYD confirmou para fevereiro o lançamento do Dolphin mini, uma versão mais acessível do modelo elétrico que se destacou no mercado brasileiro.
Jolin Zhang, diretora da divisão americana de vendas da BYD, apresentou dados no mesmo painel, destacando a receita de US$ 61,7 bilhões da companhia em 2023, um aumento de 56% em relação a 2022.
A BYD, com 700 mil funcionários e 90 mil engenheiros, é conhecida por sua diversificada produção, que inclui automóveis, ônibus, baterias, painéis de energia fotovoltaica e monotrilhos. A empresa também participa do programa de São Paulo para a inclusão de veículos elétricos na frota de transporte público.
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