Japão promete ajuda irrisória a Ucrânia: o que isso significa?

This handout photograph taken and released by the Ukrainian Presidential Press Service on January 7, 2023, shows Ukraine's President Volodymyr Zelensky (L) greeting Japan's Foreign Minister Yoko Kamikawa (R) prior to their talks in Kyiv. Japanese Foreign Minister Yoko Kamikawa said on a surprise visit to Kyiv on January 7, 2023, that Tokyo was "determined" to support Ukraine, as the second anniversary of Moscow's invasion nears. (Photo by Handout / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / Ukrainian Presidential Press Service" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

A Ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, realizou uma visita surpresa à Ucrânia no último domingo, comprometendo-se com uma contribuição de US$ 37 milhões para um fundo da OTAN.

Este fundo será destinado a fortalecer a defesa ucraniana, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo.

A ministra Kamikawa, em seu primeiro deslocamento à Ucrânia desde que assumiu o cargo em setembro, anunciou que o Japão fornecerá um sistema de detecção de aeronaves não tripuladas e outros equipamentos, enfatizando o contínuo apoio do Japão à restauração da paz na região.

Durante uma coletiva de imprensa em Kiev com Dmytro Kuleba, Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Kamikawa detalhou a assistência japonesa, incluindo a entrega de cinco geradores móveis de turbinas a gás para auxiliar os ucranianos durante o inverno rigoroso.

Especialistas, no entanto, apontam que, com a crescente fadiga de vários países europeus e dos Estados Unidos em manter a assistência à Ucrânia, a ajuda do Japão pode não ter um impacto substancial no conflito com a Rússia.

Observa-se também que o Japão tem historicamente seguido a liderança dos EUA em seu apoio à Ucrânia.

Além disso, o Japão tem planejada a Conferência Japão-Ucrânia para a Promoção da Reconstrução Econômica em 19 de fevereiro, uma iniciativa que visa fortalecer a relação bilateral e a confiança na comunidade internacional.

A visita de Kamikawa gerou controvérsia nas redes sociais japonesas, especialmente em contraste com a resposta do governo ao recente terremoto na região de Noto, que resultou em 126 mortes e 323 desaparecidos.

Muitos cidadãos expressaram descontentamento com a priorização da ajuda externa em detrimento das necessidades internas do Japão.

Apesar das críticas, analistas apontam que a opinião pública japonesa permanece relativamente unificada em relação à crise ucraniana e é improvável que a visita da ministra altere significativamente a política externa do Japão, que tende a alinhar-se com os Estados Unidos.

Com informações da Global Times

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