A parceria comercial entre o Brasil e a China atingiu um marco notável em 2023, com as exportações brasileiras para o gigante asiático superando a impressionante marca de US$ 100 bilhões.
Este feito resultou em um superávit recorde de US$ 51,1 bilhões no comércio bilateral, representando mais da metade do superávit comercial total do Brasil, que alcançou US$ 98,8 bilhões durante o mesmo período.
Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), evidenciam um crescimento significativo nas exportações para a China, enquanto as importações brasileiras de produtos chineses registraram uma redução.
Especialistas apontam que, apesar das perspectivas de desaceleração econômica na China em 2024, a parceria comercial entre o Brasil e a China continuará sólida.
De acordo com informações do Valor, o economista Lucas Barbosa, da AZ Quest, ressalta a diversificação da pauta de exportação, incluindo produtos como proteínas animais e milho, além dos tradicionais produtos como soja, petróleo e minério de ferro.
Silvio Campos Neto, economista da Tendências, observa que a desaceleração chinesa não deve ter um impacto significativo na demanda por produtos brasileiros.
Ele destaca o uso de medidas pelo governo chinês para suavizar o processo de desaceleração, mantendo um crescimento projetado em torno de 5% em 2023, com uma ligeira redução prevista para 4,5% em 2024. Campos Neto também enfatiza que o governo chinês está adotando medidas para estimular sua economia.
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