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Capelli responsabiliza Bolsonaro pelos acampamentos terroristas no QG do Exército

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, comentou a mobilização e permanência dos acampados no Quartel-General do Exército, descrevendo-a como algo sem precedentes na história do país. Segundo ele, tal situação só foi possível devido à “simpatia e permissão” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista aos jornalistas Ana Maria Campos […]

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, comentou a mobilização e permanência dos acampados no Quartel-General do Exército, descrevendo-a como algo sem precedentes na história do país.

Segundo ele, tal situação só foi possível devido à “simpatia e permissão” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista aos jornalistas Ana Maria Campos e Roberto Fonseca ao jornal Correio Braziliense, Cappelli destacou a existência de vínculos entre Bolsonaro e os atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro. Ele disse o seguinte:

“O ex-presidente da República passou quatro anos atacando as instituições, o Supremo Tribunal Federal, os ministros da Suprema Corte. Passou quatro anos tentando atacar a credibilidade das urnas eletrônicas. Ele espalhou na sociedade brasileira um clima de instabilidade institucional”.

“E passado o resultado das eleições, ele permitiu que fossem montados os acampamentos. O dia 8 não começa no dia 8, ele é o ponto final de um processo de tentativa de desestabilização da democracia brasileira.”

Cappelli também destacou que, apesar dos atos golpistas terem sido “gravíssimos”, a democracia brasileira saiu fortalecida, pois as instituições agiram de forma adequada.

Ele também criticou a falha ou ausência de um plano operacional da Polícia Militar do Distrito Militar para conter a invasão e depredação do patrimônio público, comparando a situação vivenciada há um ano a um “avião em turbulência, lotado e caindo”, que foi controlado e pousado em terra firme.

“Meu papel como interventor era estabilizar, assumir o comando das forças de segurança, retomar a autoridade e devolver para o Distrito Federal”, concluiu Cappelli.

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