A União da ABIN (Intelis), associação que representa servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), emitiu um comunicado no domingo, 7, alertando para “ameaças” relacionadas ao aniversário dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Embora o comunicado não forneça detalhes específicos sobre essas “ameaças”, enfatiza a importância de preservar a democracia e a segurança do país.
Nesta segunda-feira, 8, várias cidades do país estão programando uma série de eventos alusivos à data e em defesa da democracia. Em Brasília, o evento “Democracia Inabalada” reunirá líderes dos Três Poderes, governadores e autoridades no Salão Negro do Congresso Nacional.
O comunicado de três páginas da Intelis também destaca o papel desempenhado pela Agência Brasileira de Inteligência desde sua criação em 1999, ressaltando a atuação dos profissionais de Inteligência de Estado na proteção das instituições democráticas e do processo eleitoral.
A agência menciona a defesa das urnas eletrônicas, o combate a tentativas de interferência eleitoral e o monitoramento de grupos extremistas como exemplos de sua contribuição para a preservação da democracia.
O texto também menciona as recentes controvérsias e investigações envolvendo a Abin, referindo-se a esses episódios como “ataques mal intencionados” e “desvios individuais”. A Abin está sob investigação da Polícia Federal devido ao uso do programa de monitoramento First Mile.
A investigação foi iniciada após revelações de que a agência utilizou o software de monitoramento israelense para rastrear a localização de até 10 mil números de celular nos primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro. Entre os alvos identificados nas investigações estão políticos, jornalistas, advogados, além de críticos e opositores do ex-mandatário.
Com informações do O Globo