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Paes comemora prisão de delegado que forjou flagrante para incriminá-lo nas eleições de 2020

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, usou suas redes sociais para celebrar a recente condenação do delegado Maurício Demetrio. Em sua declaração, Paes acusou Demetrio de tentativas de prejudicá-lo politicamente durante a campanha eleitoral de 2020. “Esse aí tentou forjar um flagrante contra mim na campanha de 2020”, disparou Paes, referindo-se a uma […]

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, usou suas redes sociais para celebrar a recente condenação do delegado Maurício Demetrio. Em sua declaração, Paes acusou Demetrio de tentativas de prejudicá-lo politicamente durante a campanha eleitoral de 2020.

“Esse aí tentou forjar um flagrante contra mim na campanha de 2020”, disparou Paes, referindo-se a uma investigação do Ministério Público do Rio, que apurou tentativas do delegado Demetrio de montar um flagrante de corrupção para incriminar o então candidato a prefeitura.

Complementando sua fala nas redes sociais, o prefeito da capital fluminense escreveu: “Nada como o tempo. Vagabundos! Cana neles!”

Demetrio enfrenta acusações de obstrução de justiça, organização criminosa, lavagem de capitais, elaboração de laudo falso e inserção de dados falsos em sistemas oficiais. A sentença determinada é de 9 anos de detenção.

Além disso, a operação “Águia na Cabeça”, liderada pelo Grupo de Atuação Especializada em Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRRJ), resultou na prisão de Allan Turnowski, ex-secretário estadual de Polícia Civil, e do próprio Maurício Demétrio.

Esta operação revelou a tentativa de incriminar Paes com acusações de corrupção durante o segundo turno das eleições municipais de 2020.

De acordo com a denúncia do Gaeco/MPRRJ, a manobra de Demetrio foi classificada como um “ato gravíssimo”.

Um advogado ligado a Demetrio, identificado como Thalles Wildhagen Camargo, chegou a enviar uma foto de dinheiro para a Polícia Federal, numa tentativa de incriminar Paes. Investigadores, no entanto, descobriram que a foto foi tirada na casa de Demetrio.

Informações adicionais vieram à tona com a quebra de sigilo de 12 aparelhos celulares pertencentes a Demetrio, apreendidos em 2021.

Os dados confirmaram a existência de planos para prejudicar a imagem política de Eduardo Paes, inclusive em março de 2021, quando Paes era cotado para a sucessão do governador Cláudio Castro (PL).

Victor Cesar Carvalho dos Santos, delegado da Polícia Federal envolvido no caso e atual secretário de Segurança Pública, testemunhou que a PF considerou iniciar uma operação contra Paes, mas desistiu ao constatar a insuficiência de provas e a falta de credibilidade das informações provenientes de Demetrio.

Este caso destaca as complexas interações entre política e aplicação da lei, ressaltando a importância da integridade e da transparência nas investigações criminais.

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