O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para uma reunião na manhã desta segunda-feira, 8, gerando expectativas entre aliados do petista de que ele possa ser o escolhido para suceder Flávio Dino no Ministério da Justiça.
Lula pretende nomear o novo titular ainda esta semana, com expectativas de um anúncio até terça-feira, 9. Lewandowski, que já era considerado um dos favoritos para o cargo, chegou a Brasília no domingo, 7, para participar de uma cerimônia em memória do 8 de janeiro, data marcada pela invasão dos Três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) há um ano.
Fontes próximas ao ex-ministro do STF indicam que, apesar da resistência inicial de sua família, devido ao seu envolvimento com a iniciativa privada, é improvável que Lewandowski recuse um convite de Lula, com quem mantém uma amizade.
No entanto, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, chegou a descartar a possibilidade de Lewandowski para o cargo em dezembro.
Wagner, ao mesmo tempo, excluiu também a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a si mesmo da lista de possíveis indicados.
A busca por um substituto para Dino, nomeado para o STF em novembro, tem sido um desafio para Lula, que inicialmente considerava nomear uma mulher para o cargo. A indicação de Lewandowski, que possui um perfil técnico e político reconhecido, é vista como uma solução forte para a pasta.
Além de Lewandowski, outros nomes têm sido mencionados para o Ministério da Justiça, incluindo Ricardo Cappelli, Marco Aurélio de Carvalho e Wellington César Lima e Silva.
Paralelamente, o PSB, partido de Dino e do vice-presidente Geraldo Alckmin, busca manter sua influência na pasta ou até a criação de um novo Ministério de Segurança Pública.
Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas, afirmou que, se confirmado, o grupo apoiará a indicação de Lewandowski, destacando sua competência para assumir a função.
Com informações da Folha