Por Ananias Oliveira
Em 08/01/2023, existiam dois grupos de militares golpistas que buscaram a decretação da GLO. 1- os militares do governo e/ou próximos a bolsonaro, esses juntamente com o próprio bolsonaro queriam GLO como forma de forçar o alto comando do exército em apoiar um golpe de estado.
Eles acreditavam que com a decretação de GLO as forças especiais/kids pretos do exército seriam acionados de forma imediata, o que daria a esse grupo muita força. Bom lembrar q os generais Júlio César Arruda, comandante do exército em 08/01, q protegeu os golpistas em 08/01.
Gustavo Dutra, comandante militar do planalto em 08/01, GDias GSI em 08/01, Ridauto Lúcio, ex ministro de bolsonaro e presente em 08/01, Mauro Lourena Cid, amigo e com cargo no governo bolsonaro com salário de mais de 50 mil reais.
O tenente coronel Cid, filho do general Cid e o famoso ajudante de ordens de bolsonaro, são todos das forças especiais do exército, todos treinador para coordenar e comandar insurgência civil. No depoimento a CPMI, GDias disse que ação da multidão era claramente coordenada.
No tweet abaixo uma listinha de alguns dos kids pretos que fizeram parte do governo bolsonaro. O tenente coronel Cid iria assumir em fevereiro de 2023 assumiria o 1º BAC em Goiânia no Comando de Op. Especiais, não assumiu devido ao 08/01.
Para esse grupo a decretação da GLO seria utilizado como argumento de falta de capacidade do governo recém empossado comandar o país, falta de capacidade que seria pela falta de legitimidade, sempre usando a fake news sobre fraude eleitoral.
O segundo grupo era formado pela enorme maioria do alto comado e membros do alto oficialato da reserva, incluindo ex integrantes do alto comando, como os generais Fernando Azevedo e Silva, Sérgio Etchegoyen, Juarez Cunha e outros.
O objetivo desse grupo não era de ruptura institucional, não por defenderem a democracia, mas pq traria prejuízos, especialmente financeiro, tbm em aspectos operacionais, pois o maior parceiro* do exército brasileiro é os EUA, q deixaram claro q não apoiaria qq ruptura.
Muitos desses membros do alto comando ou oficiais do exército que estão na reserva agora são membros conselhos administrativos de grandes empresas e/ou membros de entidades empresariais. Atuando como lobistas.
Casos como de Fernando Azevedo e Silva:
Sérgio Etchegoyen foi vice presidente do conselho administrativo da FSB comunicações e é presidente IBRIC, instituto de lobby criado por empreiteiras como Odebrecht, Mendes Júnior, Andrade Gutierrez e outras.
Guilherme Theophilo foi CEO do ICL, instituto lobista do setor de combustíveis, fez falas golpistas em vídeo um dia antes do segundo turno e após a eleição, mas em janeiro já estava pregando a força e o respeito pela democracia.
Outro fator fundamental que envolve o aspecto financeiro e a falta de apoio dos EUA é o fato de cada uma das três forças armadas possui um fundo para compras internacionais em dólar, esse fundos de pelo menos centenas de milhões de dólares ficam em Washington.
Então qual o interesse desse segundo no grupo na GLO? Poder de barganha para impor sua agenda de poder ao governo, lembremos que se a GLO fosse decretada as forças armadas e seu interventor ficaram responsáveis por toda segurança do presidente e seus ministros.
A operações de garantia de lei e de ordem (GLO) na segurança pública se tornaram uma grande ferramenta de marketing e de política das forças armadas, especialmente do exército. Os governos passaram a utilizar GLO sem critério e de forma equivocada.
A jornalista Natalia Viana , mostra de forma clara e bem documentada no livro Dano Colateral que GLO não ajudaram em nada resolver os problemas de segurança pública, na verdade criam mais problemas e são utilizadas para fins políticos pelos militares.
Em entrevista a Rubens Nunes, Natália explica: “Sem dúvida nosso Exército não aprendeu que deve se subjugar ao poder civil. O Exército não pode ser o seu próprio monitor. Precisa de forças externas que o monitorem”.
A pesquisadora Ana Penido e outros explicam que as GLOs, assim como missões de paz no Haiti e outras, foram ferramentas do exército para recuperar a imagem e o prestígio perdidos pós redemocratização.
Ao não declarar GLO, Lula desencadeou uma série de consequências, mas essa é uma outra análise. É importante ter claro ao se analisar o 08/01 que existiam objetivos diferentes, inclusive nos motivos para se manter/proteger os acampamentos em frente aos qurtéis do exército.
Ananias Oliveira é doutorando em Ciência Sociais/UFCG. Pesquisador do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES). Bolsista CNPq.
Luiz
08/01/2024 - 12h18
Ou seja,se fullderam.
Kkkkkkkk
Corta a pensão das biscas Lula.