Em 2023, uma crise silenciosa abalou as estruturas do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, indicando um período de instabilidade e mudanças nas forças armadas do país.
Generais influentes desapareceram da vista pública e foram afastados de cargos-chave, incluindo o Ministro da Defesa, sem explicações oficiais, gerando rumores e especulações.
Em dezembro, a situação se intensificou com a destituição de nove oficiais de alta patente do ELP da legislatura nacional.
Essas ações apontam para uma “limpeza generalizada” nas forças armadas, sugerindo uma campanha de erradicação de corrupção, uma prioridade do líder Xi Jinping desde 2012.
Xi, focado em modernizar o ELP, enfatizou a importância de uma força de combate de classe mundial, centrada especialmente na Força de Foguetes, uma unidade estratégica de supervisão de mísseis.
Esta unidade passou por expansões significativas desde 2016, aumentando suspeitas de corrupção em aquisições militares.
A recente expulsão de militares de alto escalão, incluindo o general Li Yuchao e outros associados à Força de Foguetes, sugere um esforço concentrado para erradicar a corrupção, principalmente em compras militares.
Este esforço se alinha com as reformas de Xi e reflete preocupações com a eficácia e lealdade das forças armadas.
A limpeza em massa, embora possa abalar o moral da Força de Foguetes, parece não comprometer a capacidade de combate do ELP.
Especialistas observam que a medida pode fortalecer a disciplina e a eficácia da força, essencial em um contexto de tensões geopolíticas crescentes, especialmente em relação a Taiwan e o Mar do Sul da China.
Essa purga, que também incluiu executivos aeroespaciais, indica uma conscientização das falhas reveladas pela performance militar russa na Ucrânia.
A corrupção, um problema persistente nas forças armadas chinesas, é um foco contínuo de Xi, que busca assegurar a eficiência e lealdade do ELP.
A destituição dos generais pode preludiar ações disciplinares ou legais mais rigorosas, marcando uma fase crítica na luta contra a corrupção no seio das forças armadas chinesas.
Com informações de Simone McCarthy, da CNN.