O líder do movimento Houthi, Seyed Abdulmalik Badreddin al-Houthi, emitiu um comunicado enfático alertando os Estados Unidos sobre as consequências de qualquer ação considerada prejudicial ao Iêmen. Ele destacou que Washington enfrentaria sérias repercussões caso cometesse qualquer movimento que ele considerasse “absurdo” contra o país.
Em seu pronunciamento, al-Houthi instou a comunidade islâmica global a não comprometer seus interesses em favor dos Estados Unidos e de Israel.
Ele também enfatizou que os EUA deveriam evitar qualquer forma de agressão direta ao Iêmen, especialmente em meio aos crescentes conflitos com as forças armadas americanas no Mar Vermelho.
Al-Houthi advertiu que qualquer ação hostil dos EUA resultaria em consequências significativas, afirmando que os Estados Unidos sofreriam um golpe ainda mais severo do que o experimentado no Afeganistão e no Vietnã.
Os Houthis foram acusados pelo governo dos EUA de realizar 23 ataques a navios comerciais desde 19 de novembro.
Os rebeldes reiteraram seu compromisso em continuar esses ataques contra navios com destino a Israel até que o estado israelense encerre sua campanha na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de críticas internacionais por alegações de genocídio.
A operação militar israelense, lançada em 7 de outubro, tinha como objetivo declarado enfraquecer o Hamas, mas após quase três meses de conflito, a meta ainda não foi alcançada.
Em 19 de dezembro, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou o estabelecimento de uma operação multinacional para proteger o Mar Vermelho.
A missão contaria com a participação do Reino Unido, Bahrein, Canadá, França, Itália, Holanda, Noruega, Seicheles e possivelmente Espanha, embora a confirmação oficial de Madri ainda esteja pendente.
Navios militares dos EUA já se envolveram em confrontos com os Houthis repetidamente nas últimas semanas, aumentando a tensão na região do Mar Vermelho.
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