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Economista acha possível governo zerar o déficit primário a partir de 2025

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, declarou que o deficit primário esperado para 2023 deve ficar “mais ou menos na conta” e que muitas despesas foram aprovadas na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição de 2022. Avalia que o rombo “não é o ideal”, mas está muito longe de ser algo catastrófico. […]

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Paulo Gala: "Avaliação do governo Lula é positiva" / BP Money

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, declarou que o deficit primário esperado para 2023 deve ficar “mais ou menos na conta” e que muitas despesas foram aprovadas na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição de 2022. Avalia que o rombo “não é o ideal”, mas está muito longe de ser algo catastrófico.

Segundo divulgado há alguns dias pelo Banco Central, o déficit primário do setor público consolidado (que incluir governo feral, estados e municípios) no acumulado de 12 meses ficou em R$ 131,4 bilhões, equivalente a 1,22% do PIB. Em novembro de 2020, este mesmo déficit chegou a 8,81% do PIB e esteve acima de 2% do PIB em 2016 e 2017.

Ou seja, o governo Lula deve encerrar o seu primeiro ano com as contas públicas equilibradas.

Em entrevista para o site Poder 360, Paulo Gala avalia que o governo tem buscado novas receitas e conseguido avançar na agenda de arrecadação. Demonstrou-se otimista para o cenário de contas públicas, apesar das projeções de analistas do mercado financeiro para um deficit em 2024. A meta do governo é de zerar o rombo no resultado primário neste ano.

“É bastante possível enxergar um resultado primário equilibrado a partir de 2025 e 2026, principalmente se a economia voltar a crescer. Nada contribui mais para o resultado fiscal do que o crescimento econômico. Se a gente, de fato, conseguir crescer 2% ou 3% a partir do ano que vem (2024) é perfeitamente possível imaginar um deficit primário zero a partir de 2025”, declarou.

Declarou que o marco fiscal promulgado no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “endereça” o ajustes do lado de gastos, porque coloca uma “trava” no aumento das despesas, o que contribuiu para a queda na cotação dos juros futuros.

“Zerar o deficit [primário] será muito difícil, mas eu acho que, se tivermos um deficit de 0,5% ou até 1% do PIB [em 2024], o que seria algo como R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões não é algo grava se comparado ao cenário internacional. É importante dizer que o Brasil tem, apesar dos pesares, uma das melhores situações de contas públicas do mundo. Quando se compara com outros países, o resultado primário brasileiro ainda está bastante razoável. Basta lembrar que na pandemia a gente teve um deficit de quase R$ 900 bilhões em 2020 […] A gente teve vários anos com deficit de R$ 150 bilhões”, completou.

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