Cientistas chineses desenvolvem tecnologia revolucionária para o tratamento de câncer

Um avanço significativo na radioterapia foi alcançado por investigadores chineses, principalmente de institutos de armas nucleares e pesquisa científica, com a criação de um sistema de irradiação chamado “Flash”.

Este sistema é capaz de emitir radiação de alta energia, potencialmente transformando o tratamento convencional do câncer.

O protótipo desenvolvido pode gerar mais de 80 grey (Gy) por segundo, superando significativamente a taxa de 0,5 a 20Gy por minuto das terapias atuais.

Segundo os pesquisadores, “não foram alcançados raios X de alta energia e taxas de dose ultra-elevadas que atendam aos requisitos clínicos” em experiências anteriores, tanto nacionais quanto internacionais. No entanto, o novo sistema atende a esses requisitos críticos.

Este avanço foi publicado na revista “High Power Laser and Particle Beams”, incluindo contribuições de instituições renomadas como a Academia Chinesa de Engenharia Física e a Universidade de Engenharia de Harbin.

A nova tecnologia Flash promete reduzir os efeitos colaterais e aumentar a eficácia do tratamento ao entregar a mesma quantidade de radiação em menos de um segundo.

Zhang Yingying, oncologista do Hospital Xiangya, destacou a importância de superar o “ponto de estrangulamento” nos tratamentos atuais, onde as doses seguras limitam a eficácia.

A tecnologia Flash, que oferece uma alternativa com doses ultra-elevadas, representa um marco no tratamento do câncer.

O Flash foi observado pela primeira vez nos anos 1960, mas só ganhou destaque acadêmico na década de 2010, com estudos na França e na Suíça demonstrando sua eficácia.

Zhang expressou entusiasmo pelo potencial do Flash em superar desafios de longa data no tratamento de câncer.

A nova máquina chinesa se destaca por usar fótons ou raios X, diferentemente de tecnologias baseadas em prótons ou elétrons, proporcionando uma aplicação mais prática e compacta. O Flash ainda está em estágios iniciais, com ensaios clínicos promissores já em andamento.

Embora ainda existam desafios, como a falta de uma máquina dedicada e questões sobre as taxas de dose ideais, o Flash é visto como um avanço promissor, com pesquisas contínuas para explorar seu potencial completo.

Com informações da South China Morning Post

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