O racismo anti-chinês mostra sua face feia no Canadá novamente.
Um estudante chinês (Yuekang Li) planejava cobrir os custos de sua matrícula sem uma bolsa chinesa, para estudar engenharia na Universidade de Waterloo, para depois retornar à China e ajudar a melhorar o uso da tecnologia no campo da saúde pública.
No entanto, sem provas que sustentassem a alegação, um juiz da Corte Federal disse que o plano de Li se encaixava na definição de espionagem ‘não-tradicional’. Li foi impedido de entrar no Canadá e não pode estudar na Universidade de Waterloo.
A Universidade de Waterloo, localizada no Canadá, é reconhecida por seu forte programa de engenharia e por ser uma das principais instituições de ensino e pesquisa na América do Norte. Este caso chama a atenção para as tensões e desafios enfrentados por estudantes internacionais, especialmente em campos de estudo avançados como a engenharia, onde a colaboração global é essencial para inovações no setor de saúde pública.
Em sua conta no X, o analista político Arnaud Bertrand criticou o fato nos seguintes termos:
“Este caso é absolutamente insano. Um estudante chinês foi impedido de estudar no Canadá por um juiz da corte federal por ‘espionagem’, pelo simples fato de seu tópico de estudo – microfluidos, um assunto com aplicações na indústria de saúde e farmacêutica – ser um campo de alta tecnologia promissor.
Isso estende a definição legal de espionagem de forma tão ampla que é ridículo: agora, se você estuda algo no exterior em um campo inovador, você é um espião! Tudo isso é mais ridículo ainda quando falamos sobre pesquisa biomédica: literalmente toda a humanidade se beneficia do progresso na pesquisa médica, não importa de onde esse progresso venha…”