“O responsável é o Bolsonaro”

AGÊNCIA BRASIL

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), intensificou suas acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responsabilizando-o pela tentativa de golpe no Brasil em 2022.

Lula afirmou em entrevista ao jornal Metrópoles que Bolsonaro, ao fugir do país antes do término de seu mandato, “covardemente se escondeu”, evitando enfrentar as consequências de seus atos.

Segundo o presidente Lula, Bolsonaro foi o arquiteto principal do plano golpista.

“Tem um responsável direto que planejou tudo isso e que, covardemente, se escondeu e saiu do Brasil com antecedência que foi o ex-presidente da República. É sabido que ele não aceitou a nossa vitória. Ele tentou desmoralizar a Justiça Eleitoral. Ele planejou (o golpe), covardemente, e não teve coragem de assumir. Saiu e deixou os mandantes dele para cumprir o que fez”, declarou Lula.

Lula assegurou ainda que haverá punição rigorosa contra políticos e militares bolsonaristas envolvidos no plano golpista.

“Nós não temos pressa. O que nós queremos é que seja feita justiça, de fato e de direito, para que nunca mais alguém ouse dar um golpe no processo democrático”, enfatizou.

Ele destacou a importância da democracia e da Justiça Eleitoral, sistemas que Bolsonaro tentou desacreditar, segundo ele.

Em um importante desdobramento, o tenente-coronel Mauro Cid, em delação premiada no ano passado, revelou que Bolsonaro havia consultado militares sobre como executar um golpe.

Durante seu governo, Bolsonaro frequentemente criticou o Judiciário, alegando interferência em sua gestão, e defendeu a participação das Forças Armadas na verificação dos resultados eleitorais.

Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral tornou Bolsonaro inelegível, acusando-o de questionar a segurança do sistema eleitoral sem provas.

Em 8 de janeiro do ano passado, apoiadores de Bolsonaro realizaram manifestações golpistas e invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O Supremo Tribunal Federal condenou 30 pessoas por participação direta nos atos. Atualmente, há aproximadamente 1.345 processos abertos contra indivíduos envolvidos nas mobilizações antidemocráticas.

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