O governo do Egito anunciou oficialmente a suspensão de sua função como mediador nas delicadas negociações entre Israel e membros do grupo palestino Hamas.
Esta decisão drástica vem na esteira do assassinato de Saleh al-Arouri, figura proeminente do Hamas, durante um ataque de drone em Beirute, capital do Líbano. O incidente ocorreu nesta terça-feira (2), elevando as tensões na região.
Fontes egípcias revelaram a decisão ao congelar a mediação à emissora de TV israelense Kan, conforme reportado pelo jornal O Globo.
O Egito, junto com Catar e Estados Unidos, desempenhou um papel fundamental na trégua anterior entre Israel e Hamas.
Essas negociações, realizadas entre novembro e dezembro, foram cruciais para a troca de reféns por prisioneiros, resultando na libertação de cidadãos israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza.
O assassinato de al-Arouri aumentou a ameaça de um envolvimento direto do Hezbollah no conflito. Este grupo xiita libanês, com fortes ligações com o Hamas e o Irã, poderia escalar ainda mais a situação.
A remoção do líder palestino, embora sem uma confirmação pública de responsabilidade por parte de Israel, é vista por aliados próximos, incluindo os Estados Unidos, como um risco significativo para as negociações de paz e o processo de libertação de reféns na região.