A Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, anunciou na terça-feira que encerrou o ano de 2023 com contratos de novos negócios no valor de mais de 500 milhões de reais, predominantemente com empresas externas ao Sistema Petrobras, conforme comunicado oficial.
A empresa, que possui uma extensa carteira de mais de 180 clientes, opera em serviços logísticos e mantém terminais, dutos e navios de diversos tamanhos.
A Transpetro destacou que uma de suas principais estratégias consiste em oferecer serviços de logística tanto em terra quanto no mar para clientes privados.
Sob a nova gestão, após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Transpetro realizou recentemente uma reorganização administrativa, incluindo a criação de uma gerência executiva de Novos Negócios diretamente vinculada à Presidência da empresa.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, declarou: “Vamos ampliar essas parcerias em todo o país, pois a capilaridade e sinergia de nossas operações conferem uma grande vantagem competitiva na logística de petróleo, derivados e biocombustíveis. A Transpetro está pronta para crescer.”
Um exemplo da estratégia da Transpetro para buscar parceiros de negócios fora do Sistema Petrobras são os novos contratos para operações “ship to ship” (transbordo de petróleo e derivados entre navios) na Baía de Todos os Santos com diversos clientes, incluindo Acelen, Refinaria de Manaus (Ream) e Seacrest.
A Transpetro ressaltou que essa abordagem logística pode resultar em uma redução de até 30% nos custos de transporte marítimo, devido ao ganho de escala nas movimentações de produtos com navios maiores.
Na Região Norte, a Transpetro desenvolveu novas operações de “ship to barge” (transbordo de petróleo e derivados entre navios e barcaças) em vários locais no Estado do Amazonas, desempenhando um papel fundamental na manutenção do abastecimento de combustíveis durante a pior vazante dos rios da região.
A empresa atende a clientes como Raízen, Novum e Ream na região Norte. Em 2023, pela primeira vez, a subsidiária da Petrobras usou um navio de sua frota própria para atender a um cliente privado, com contrato firme de transporte aquaviário de gás liquefeito de petróleo (GLP) de Coari para Manaus.
Como parte de sua reorganização, a Transpetro também aumentou em 48% o número de mulheres em cargos gerenciais, com 96 gerências comandadas por mulheres.
Além disso, houve um aumento de 17% no número de profissionais autodeclarados pretos, pardos, amarelos e indígenas em cargos de liderança.
A Transpetro, que opera 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios, mantém sua posição como a maior subsidiária da Petrobras e a principal empresa de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina.
Com informações da Reuters