Desde o final do ano passado, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, comanda interinamente a pasta no lugar de Flávio Dino, que tomará posse no Supremo Tribunal Militar (STF) ainda no começo deste ano.
E com a “despedida oficial” de Dino ocorrendo no dia 8 de janeiro, se aproxima a confirmação oficial sobre o novo titular da pasta, que segundo esta coluna, tudo indica que será o ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowiski. No entanto, ainda há muita incerteza sobre o destino de um dos principais nomes do MJSP: Ricardo Cappelli.
Servidores e membros do governo não sabem o que acontecerá com Cappelli após a saída de Dino. Diante desta incerteza, ele possui apenas três alternativas: ir para a secretaria de segurança pública da pasta, se manter como secretário-executivo ou simplesmente sair do MJSP.
Uma fonte próxima à coluna afirmou, ao ser questionada sobre o destino de Ricardo Cappelli: “sobre isso, nada ainda”. O relato é mais ou menos o mesmo quando a pergunta é feita em outras áreas da pasta e do governo.
O motivo disso é que Cappelli conta com resistências internas dentro da própria pasta e também no próprio PT, que vê o secretário mais como um adversário e opositor à esquerda do que um aliado de fato. Isso principalmente por conta de artigos publicados por ele próprio em tom elogioso ao general golpista Villas Bôas. “Um brasileiro com B maiúsculo ciente de seus deveres e suas responsabilidades”, disse Cappelli em um dos trechos do artigo.
O texto foi publicado após o general fazer uma série de tweets intimidando o STF, que na ocasião votaria o Habeas Corpus de Lula, que estava impedido de concorrer nas eleições de 2018. A decisão poderia permitir que ele disputasse o pleito contra Jair Bolsonaro, que era apoiado pelos militares.
No momento ninguém sabe para onde irá o Cappelli.