Novo PAC inclui investimento bilionário em ferrovias

Em um movimento histórico de revitalização, o Brasil reacende a chama de seu setor ferroviário, antes negligenciado por décadas.

O ano de 2023 marcou o início de uma nova era, impulsionada pelas políticas específicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministério dos Transportes.

Essas ações focam na reconstrução e no incentivo ao transporte ferroviário, um vetor de eficiência, segurança e desenvolvimento socioeconômico.

O Governo Federal, através do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), elevou os projetos ferroviários a uma posição de destaque, com um investimento impressionante de R$94,2 bilhões previstos até 2026.

Esta iniciativa visa expandir e fortalecer o setor no país. O Ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a complexidade e a importância deste empreendimento, visando uma multiplicação significativa dos recursos em ferrovias nos próximos anos.

“A tarefa não é simples, uma vez que o Brasil tem dimensões continentais, mas é extremamente necessária. Por isso, estamos discutindo novos modelos e pretendemos mais que quadruplicar os recursos aplicados em ferrovias no Brasil nos próximos anos”,  destacou.

Já o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, afirmou a EBC que
“o modal ferroviário voltou a ter protagonismo com o reforço no aporte dos recursos públicos e com a elaboração de políticas públicas voltadas a atrair investimentos privados com segurança jurídica”.

A primeira etapa dessa transformação incluiu a criação da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, focada em atrair investimentos privados e impulsionar a indústria.

Além disso, obras fundamentais como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a Ferrovia Norte-Sul foram retomadas e concluídas, respectivamente.

A Transnordestina também recebeu um aporte significativo, refletindo um crescimento de 4,2% na movimentação ferroviária do país.

Histórias de trabalhadores como Álvaro Aguiar e Adelmário Silva, ambos empregados no canteiro de obras da Fiol, exemplificam o impacto positivo do setor na geração de emprego e renda.

O setor ferroviário, empregando 66 mil trabalhadores, não só fortalece a economia, mas também desempenha um papel crucial na exportação e visibilidade internacional do Brasil.

A Ferrovia Norte-Sul, uma obra aguardada há décadas, surge como um marco de integração nacional, promovendo a competitividade dos estados produtores de commodities.

A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) também ganhou atenção especial, com a liberação de 300 quilômetros de frente de obra.

O transporte ferroviário de passageiros também é uma prioridade, com políticas públicas sendo formuladas para melhorar a infraestrutura existente.

O projeto Transnordestina, estendendo-se por mais de 1,2 mil quilômetros, é uma peça chave nesta estratégia.

Este movimento de revitalização das ferrovias brasileiras, uma herança do século 19, representa um esforço concertado do governo para resgatar e ampliar a infraestrutura ferroviária do país, mirando um futuro mais sustentável e conectado.

A meta é alcançar 35% das cargas transportadas por trilhos, conforme o Plano Nacional de Logística, realçando o potencial transformador das ferrovias no desenvolvimento nacional.