No último domingo, um confronto letal envolvendo forças navais dos Estados Unidos e combatentes houthis resultou na morte de dez militantes.
Helicópteros da Marinha dos EUA atacaram e destruíram três embarcações houthis, segundo fontes militares. Em resposta, o governo do Iêmen alertou os Estados Unidos sobre possíveis “consequências” desse ato.
Em um desenvolvimento paralelo, a Marinha iraniana intensificou sua presença no Mar Vermelho. A fragata Alborz, da classe Alvand, equipada com mísseis antinavio de longo alcance e tecnologia antissubmarino, foi deslocada para a região após cruzar o estreito de Bab al-Mandab.
A mídia iraniana destacou que esta mobilização acontece em um contexto de “aumento de tensões”, ligadas à crise de Gaza e aos recentes confrontos no Mar Vermelho.
O Alborz, um navio com histórico de atuação desde a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), foi modernizado com novos sistemas de armas e tecnologia de guerra eletrônica.
Com mais de 125 tripulantes, o navio tem capacidade para operações de longo alcance, sendo um elemento chave na estratégia naval iraniana.
Este aumento de atividades militares no Mar Vermelho ocorre em um momento de deterioração da segurança na região.
O ataque recente dos EUA aos houthis, que ameaçam fechar o mar Vermelho para navios comerciais associados a Israel, marca uma escalada significativa no conflito. Os houthis, por sua vez, ameaçam realizar ataques diretos contra navios de guerra americanos e de seus aliados.
A situação é ainda mais complicada pelas alegações de Washington e seus aliados de que o Irã está fornecendo apoio militar aos houthis, uma acusação que tanto Teerã quanto Sanaa negam.
As autoridades iranianas afirmam que seu apoio à milícia iemenita é limitado ao apoio moral dentro da coalizão regional do “Eixo de Resistência” contra os EUA e Israel.
Os houthis, por outro lado, afirmam que suas operações contra Israel são uma decisão independente, em solidariedade aos palestinos.
Com informações da Sputnik
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